Características dos componentes não carcaça, qualidade da carcaça e da carne de cordeiros alimentados com níveis crescentes de bagaço de azeitona
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Data
2021-07-13Primeiro membro da banca
Saccol, Ana Gabriela de Freitas
Segundo membro da banca
Kessler, Julcemar Dias
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Este trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar a influência da inclusão de níveis crescentes de bagaço de azeitona sobre as características da carcaça, dos componentes não carcaça, da composição centesimal e das características instrumentais da carne de cordeiros confinados. Foram utilizados 35 cordeiros machos, não castrados, oriundos de um cruzamento entre as raças Texel e Ile de France, desmamados com 55 ± 5 dias de idade e, após o desmame, mantidos em baias individuais. Os animais foram distribuídos em delineamento inteiramente casualizado e os tratamentos consistiam em cinco diferentes níveis de inclusão de bagaço de azeitona na dieta em substituição a silagem de milho, sendo eles 0%, 7,5%, 15%, 22,5% e 30% com base na matéria seca. As dietas foram formuladas para serem isoproteicas contendo 18,81% de proteína. O concentrado era composto por milho desintegrado, farelo de soja, calcário calcítico e sal mineral. Os animais foram abatidos quando atingiram 35 kg de peso vivo, que corresponde a 60% do peso vivo adulto de suas mães. Os rendimentos de carcaça quente e fria diminuíram concomitantemente com o incremento do teor de bagaço na dieta (P<0,05), assim como a área de olho de lombo. Os valores médios para porcentagens dos diferentes cortes comerciais e a composição centesimal não foram afetados pelos níveis de inclusão de BA (P>0,05). Já nos componentes não carcaça as gorduras renal e do coração aumentaram linearmente com o aumento da inclusão do bagaço de azeitona, tal como os testículos dos animais, enquanto os rins, o fígado e a pele tiveram tendência inversa aos níveis de inclusão, diminuindo de acordo com o aumento (P<0,05). O conteúdo gastrointestinal total, o rúmen cheio e o conteúdo ruminal também aumentaram linearmente com o aumento do bagaço de azeitona na dieta, tendo relação direta com os rendimentos de carcaça quente e fria (P<0,05). O pH (24hs) e a temperatura da carne, as perdas por cozimento e a força de cisalhamento não foram influenciadas significativamente pela dieta (P>0,05), já as perdas por descongelamento aumentaram conforme a dieta (P<0,05). Em relação a cor da carne e da gordura o aumento dos níveis de inclusão de bagaço de azeitona na dieta influenciou significativamente (P<0,05) os valores de a* (intensidade de vermelho) e b* (intensidade de amarelo) nas observações da carne e os valores de L* (luminosidade) e a* (intensidade de vermelho) nas observações da gordura subcutânea. Portanto a inclusão crescente do bagaço de azeitona (BA) em substituição a silagem de milho na dieta de cordeiros, do ponto de vista produtivo, é viável até o nível mais elevado (30%) de inclusão
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