Rosto e intencionalidade: superação ou renovação da fenomenologia?
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Data
2017-03-15Primeiro membro da banca
Costa, José André da
Segundo membro da banca
Costa, Paulo Sérgio de Jesus
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A dissertação aborda o pensamento filosófico e fenomenológico de Emmanuel Levinas. Por
meio de um estudo a obra “Totalidade e Infinito” deseja investigar: “Rosto e Intencionalidade:
superação ou renovação da fenomenologia?”. A pesquisa tem como problemática analisar como
Levinas irá propor uma superação ou renovação ao método fenomenológico quando propõe
radicalmente o rosto como contramovimento da intencionalidade? E, partindo desta
inquietação, quais elementos Levinas apresentará para sustentar sua proposta de fenomenologia
do rosto? A pesquisa toma por base dois elementos que, a grosso modo, devem se
complementar: em um primeiro momento a leitura de Levinas a seus mestres Husserl e
Heidegger e, em um segundo momento, a crítica que Levinas expressa a seus mestres levando
a fenomenologia a uma radicalização. Para tanto, a pesquisa é subdividida em três capítulos, a
saber: 1) Levinas: fenomenologia e ontologia; 2) Descida originária como crítica a
fenomenologia; 3) Fenomenologia do rosto. Partindo de um estudo de seus mestres Husserl e
Heidegger, Levinas pontua que a significação primeira não é nem doação de sentido, sendo
consciência intencional, e nem compreensão do ser. Este autor, pelo movimento de
interioridade, apresenta uma crítica à fenomenologia procurando mostrar o movimento
primeiro/originário. Em uma crítica a representação e a compreensão do ser, o autor se opõe a
totalidade apresentando o movimento de separação, o qual deve ser visto como significação
primeira. Pela fruição, movimento que contrapõe a intencionalidade, o autor irá reafirmar a
subjetividade em uma dimensão infinita, ou seja, antes da consciência intencional a um
existente que se apresenta pelo rosto, o qual não pode ser objetivado, ele se apresenta em sua
dimensão infinita. A subjetividade assim irá possibilitar uma abertura à exterioridade, ou seja,
a alteridade. Para Levinas, o rosto apresenta-se como contramovimento intencional sendo ética,
isso significa, que o rosto faz do eu (nominativo) um eu (moi) no acusativo, isto é, o destitui de
sua soberania para constituí-lo como subjetividade responsável. Nesse sentido, a presente
reflexão apresenta a leitura levinasiana da fenomenologia como renovação da fenomenologia
de seus mestres, ou seja, a leva a uma radicalidade. Esta renovação é apresentada na obra
“Totalidade e Infinito” como fenomenologia do rosto, a qual, para Levinas é uma
fenomenologia que conclama a uma relação ética de responsabilidade pela vida de Outrem
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