Para (re)pensar a diferença: adaptações necessárias para a inclusão de alunos surdos
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Data
2010-10-22Autor
Zwick, Lidiane Barreto Alves
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O presente artigo tem como objetivo discutir a educação de surdos na perspectiva inclusiva, analisando e problematizando as adaptações necessárias no âmbito da inclusão de alunos surdos, a saber, em que sentido as diferenças surdas são consideradas no processo educacional da escola. Dessa forma, buscar sinalizar quais seriam as adaptações, as estratégias necessárias para a inclusão dos alunos surdos na rede regular de ensino, a fim de que tenham uma educação de qualidade que valorize e respeite a sua cultura e sua diferença lingüística.
Alicerçado ao campo de saber dos Estudos Culturais em Educação e sabendo que a inclusão é um dos temas mais debatidos na atualidade, entende-se que é necessário tensionar as relações de poder que constituem as práticas inclusivas na educação de surdos hoje, que por sua vez estão ainda perpassadas pelo ideal de “normalidade”, mas que necessitam entender o sujeito surdo para além da falta, como um sujeito da diferença principalmente lingüística e cultural.
Para isso, podemos pensar nas adaptações de pequeno e grande porte no que tange as iniciativas, ações e estratégias que estão sendo tomadas pelas instâncias competentes (nível municipal, estadual, federal, escolar) para que as diferenças surdas não sejam “apagadas”, mas sim que se respeite a língua, a identidade e a cultura surda. Ou se essas adaptações estão sendo “revestidas pelo discurso da diferença”, mas continuam a investir na normalização dos alunos surdos.