Plantas herbáceas nativas do Brasil para controle da erosão do solo
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Data
2021-05-21Primeiro membro da banca
Minella, Jean Paolo Gomes
Segundo membro da banca
Baumhardt, Edner
Terceiro membro da banca
Thomaz, Luciana Dias
Quarto membro da banca
Siqueira, Flávia Lucila Tonani de
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A erosão é um dos principais processos que leva à degradação do solo, sendo considerada
um dos maiores problemas ambientais em escala global. As soluções baseadas na natureza
(SBN) constituem importantes ferramentas para mitigar e restaurar o solo afetado por
processos de degradação. O papel da vegetação na proteção do solo contra a erosão há
muito tempo é reconhecido. Contudo, a eficácia das plantas no controle da erosão depende
de suas características funcionais, tanto da parte aérea quanto do sistema radicular. Assim a
seleção de espécies adequadas para controlar a erosão do solo deve ser realizada com base
no conhecimento de suas características morfológicas e funcionais, aspectos ecológicos,
reprodutivos, socioeconômicos e culturais. Esta tese teve como objetivo principal investigar
as características funcionais e ecológicas de espécies herbáceas nativas brasileiras e o seu
potencial para controlar os processos erosivos e para tal, foi dividida em três estudos. As
espécies herbáceas selecionadas para esses estudos foram Axonopus affinis Chase,
Alternanthera philoxeroides (Mart.) Griseb., Arachis pintoi Krapov. & W.C. Gregory, Paspalum
notatum Flüggé, Paspalum plicatulum Michx., Sphagneticola trilobata (L.) Pruski e
Tripogandra diuretica (Mart.) Handlos. O estudo I foi realizado em recipientes do tipo rizobox
e conduzido em casa de vegetação tendo como objetivos: investigar e comparar as
características funcionais de espécies nativas brasileiras e suas estratégias de crescimento e
demandas nutricionais, bem como avaliar o seu potencial em reduzir a erosão do solo e reter
sedimentos. O estudo II foi realizado em uma área experimental na cidade de Santa Maria-
RS, onde mudas das sete espécies foram plantadas em parcelas de 1,5mx1,5m. Os objetivos
desse estudo foram: avaliar o índice de cobertura e o desenvolvimento das espécies e
investigar as características morfológicas do sistema radicular por método não destrutivo em
duas épocas do ano. O estudo III foi realizado em laboratório, no qual amostras com plantas
propagadas em casa de vegetação foram submetidas ao ensaio de Inderbitzen para avaliar a
eficácia das espécies na redução das taxas de perda de solo durante o fluxo concentrado e
determinar a relação entre as características morfológicas das plantas e as taxas de perda de
solo. Os resultados obtidos nesses estudos demonstram que todas as espécies, em maior ou
menor grau, apresentam potencial para controlar os processos erosivos. Contudo, ficou
evidente que existe uma grande variação nas características funcionais dessas espécies e
que essas características são influenciadas por fatores ambientais, fato que comprova a
importância do conhecimento das características funcionais de cada espécie e seus aspectos
ecológicos para a escolha daquelas mais adequadas para cada local e tipo de intervenção.
Assim, sugere-se a utilização de um conjunto de espécies nos projetos que objetivam controlar
os processos erosivos, contribuindo não só para uma maior proteção e estabilidade do solo,
mas também para o aumento da diversidade de espécies e equilíbrio dos ecossistemas.
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