Efeitos da fadiga sobre a economia de pedalada e ativação muscular em ciclistas treinados durante teste e reteste de exaustão
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Data
2021-01-28Primeiro membro da banca
Cunha, Maria Claudia Pereira Nunes da
Segundo membro da banca
Pranke, Gabriel Ivan
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A fadiga é um processo inevitável durante a realização de exercícios intensos e/ou extensos, a qual reduz o desempenho e a eficiência de atletas de grande parte das modalidades esportivas, tal como o ciclismo. Além disso, a medida que os mecanismos de fadiga se tornam mais atuantes, podem ocorrer alterações no padrão de ativação muscular, especialmente nos músculos que apresentam ação primária para realizar o movimento, neste caso a pedalada. Entretanto, essas reduções e alterações ainda não são bem compreendidas, de modo que estudá-las ao longo do tempo em atividade pode auxiliar na compreensão dos mecanismos de fadiga que acarretam na intolerância ao exercício. A partir disso, o objetivo do presente trabalho foi verificar o efeito da fadiga na economia de pedalada e ativação muscular em ciclistas treinados durante teste e reteste de exaustão. Foram avaliados dezesseis ciclistas competitivos do sexo masculino (idade 23 ±7 anos, massa corporal: 67 ±7 kg e estatura: 177 ±6 cm). Os atletas tinham uma experiência de treinamento de ~6,5 anos, um volume de treinamento usual de ~6 dias/semana e ~460 km/semana. Os ciclistas realizaram duas visitas ao laboratório, sendo que na primeira visita foi executada a avaliação antropométrica e, posteriormente, um teste incremental (aquecimento a 100W por 10 minutos, seguido do acrescimento de 25W a cada minuto até a exaustão) com a finalidade de determinar a potência máxima. Na segunda visita, os ciclistas realizaram um aquecimento similar a primeira visita, em seguida desempenharam os dois testes de tempo até a exaustão em potência máxima e constante, com um período de 10 minutos de recuperação entre testes. Durante os testes foi mensurada a ativação mioelétrica do reto femoral (RF), vasto lateral (VL) e vasto medial (VM), e também as trocas gasosas respiração por respiração. A partir disso, a atividade mioelétrica foi submetida a técnica de bandas de frequência, sendo representados valores de ativação total, alta e baixa frequência para cada músculo. Os dados de trocas gasosas foram utilizados para calcular a demanda energética (PM) e eficiência (GE) dos ciclistas. Os resultados encontrados indicam reduções no GE e aumento da PM em ambos os testes até momento intermediários, a partir dos quais se estabeleceu um platô. Quanto aos resultados de EMG, foram constatadas reduções na ativação das bandas de alta frequência para o músculo VL no decorrer dos testes, o VM apresentou redução apenas no segundo teste, mantendo-se estável no primeiro enquanto para o RF houve um aumento na ativação ao longo do primeiro teste e se manteve estável no segundo. Em relação as bandas de baixa frequência, foi verificado aumento na ativação para todos os músculos avaliados no decorrer de ambos os testes. Por fim, a ativação total não foi alterada tanto no VL quanto no VM, apenas para o RF foi registrado aumento ao longo dos testes.
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