Violência e condição humana em recordações da casa dos mortos, de Fiódor Dostoiévski
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Data
2021-05-04Primeiro membro da banca
Martins, Aulus Mandagará
Segundo membro da banca
Calegari, Lizandro Carlos
Metadata
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Este trabalho tem como objetivo analisar a temática da violência e da condição humana em Recordações da Casa dos Mortos, do escritor russo Fiódor Dostoiévski. A partir da análise da obra, pretende-se destacar tais elementos temáticos tomando como base de reflexões os estudos críticos e teóricos desenvolvidos por Hannah Arendt, em A condição humana, assim como os abordados por Michel Foucault, em Vigiar e punir, dentre outros que são identificados nessa obra dostoievskiana. Com a metodologia da literatura comparada visa-se compreender como se dão as relações de violência no espaço construído na narrativa do cárcere, investigando a constituição da condição humana e do autoritarismo institucionalizado nesse ambiente. Nas situações construídas na obra estabelece-se uma violência administrativa, fruto dos métodos e das relações políticas que são, ali, indissociáveis. É, pois, um modelo totalitário onde o instrumento de dominação é a tortura, tendo como base de poder o sistema penitenciário estabelecido que compreende, além de tudo, uma representação de esferas sociais que entrelaçam e tensionam os elementos coletivo e individual. Destarte, o romance pode proporcionar um debate que circula pelos campos híbridos da literatura, tornando-se possível analisar criticamente as ações, os sentimentos, a individualidade e a liberdade do sujeito, bem como estabelecer uma crítica ao sistema prisional.
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