Decomposição de resíduos culturais de plantas de cobertura, emissão de gases do efeito estufa e produtividade do arroz e soja em terras baixas
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Data
2021-02-26Primeiro membro da banca
Pilecco, Getúlio Elias
Segundo membro da banca
Grohs, Mara
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O cultivo de gramíneas e leguminosas como plantas de cobertura no outono/inverno é uma prática pouco utilizada em terras baixas, principalemente em relação ao uso consorciado entre essas espécies. O objetivo deste estudo foi o de avaliar a modificação da taxa de decomposição e liberação de N do azevém (Lolium multiflorum) e trevo persa (Trifolium resupinatum) consorciados em relação ao uso isolado dessas espécies, bem como a alteração nas emissões de metano (CH4) e óxido nitroso (N2O) e no rendimento de grãos de arroz irrigado e soja em terras baixas. O estudo foi realizado no ano agrícola 2019/20 na área didático-experimental de terras baixas do Departamento de Fitotecnia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Foram conduzidos dois experimentos, um com a cultura da soja e outro com o arroz irrigado. Os tratamentos avaliados em cada experimento foram os seguintes: trevo persa, azevém, consórcio (trevo persa + azevém) e pousio (sem plantas). O delineamento utilizado foi o de blocos ao acaso com quatro repetições. A semeadura das plantas de cobertura foi realizada em junho/2019 em área manejada logo após a colheita do arroz irrigado. A dessecação das espécies ocorreu em outubro/2019 e posteriormente foi realizada a semeadura do arroz irrigado e da soja sobre os resíduos culturais das plantas de cobertura. As avaliações realizadas foram: produção de massa seca e acúmulo de nitrogênio (N) pelas plantas de cobertura, decomposição e liberação de N dos resíduos culturais das plantas de cobertura, N inorgânico (amônio e nitrato) na camada 0-10 cm, emissão de CH4 e N2O utilizando o método da câmara estática, potencial de aquecimento global parcial (PAGp) e produtividade de grãos do arroz irrigado e da soja. O cultivo consorciado de azevém e trevo persa modificou a composição química dos resíduos, mas não alterou a taxa de decomposição e liberação de N dos resíduos em relação ao trevo persa na fase inicial de decomposição. O cultivo de plantas de cobertura na entressafra não afetou a produtividade de grãos de arroz irrigado e soja em terras baixas. O CH4 foi o principal gás emitido no sistema com arroz irrigado e o N2O no sistema com soja. Em ambos os sistemas as emissões de CH4 e N2O foram aumentadas na presença de resíduos de plantas de cobertura. Enquanto a emissão de N2O foi 2 vezes maior com o trevo persa do que com o azevém, a emissão de CH4 após o trevo persa no cultivo do arroz irrigado foi 1,3 vezes menor do que o azevém e o consórcio. Esses resultados associados ao PAGp indicam que em terras baixas com o uso de plantas de cobertura, o trevo persa pode ser cultivado antecedendo o arroz irrigado e o azevém e o consórcio preferencialmente antecedendo a soja.
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