Aloe vera, uma planta de interesse do sistema único de saúde: revisão sistemática sobre os mecanismos pró-cicatriciais
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Data
2021-10-01Primeiro coorientador
Cruz, Ivana Beatrice Mânica da
Primeiro membro da banca
Pellenz, Neida Luiza Kaspary
Segundo membro da banca
Dallepiane, Loiva Beatriz
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O envelhecimento da população brasileira é uma realidade, e esta transição demográfica, é acompanhada pelo aumento na prevalência de doenças e agravos crônicos não transmissíveis, dentre os quais, as doenças e lesões de pele. Estas são consideradas um problema grave de saúde. No Brasil, embora existam poucos trabalhos robustos sobre incidência e prevalência de lesões, as ocorrências dessas são altas, variando de 10,6% a 62%, dependendo do estudo. O idoso, devido à alterações fisiológicas cutâneas, apresenta maior suscetibilidade à lesões na pele, que depois de estabelecidas, necessitam de maior empenho para cicatrização, pois além das alterações esperadas, as doenças crônicas não transmissíveis colaboram para a cronificação das feridas. Diante do contexto justifica-se a busca de alternativas que possam auxiliar no tratamento das lesões de pele, otimizando o reparo tecidual. A Aloe vera (AV) é uma planta muito utilizada para cicatrização e tem sido estudada, na busca de evidências de que seus elementos possam auxiliar no processo cicatricial. Dada a magnitude da problemática das lesões de pele e levando em conta que uma pele envelhecida tem maior propensão ao desenvolvimento de lesões e consequentemente maior dificuldade na resolução destas, revisar e buscar evidências científicas sobre os mecanismos causais dos benefícios da AV é relevante. Assim, o objetivo deste estudo foi realizar uma revisão sistemática sobre a AV, uma das plantas medicinais presentes no Sistema Único de Saúde e seu potencial cicatrizante. Foi realizada uma busca em base de dados PUBMED e Scielo, com a combinação dos seguintes descritores: "Aloe vera" AND "Wound healing", "Aloe Vera E Cicatrização de feridas" "Aloe Vera Y Cicatrización de heridas, com recorte temporal de 10 anos. Foram excluídos: artigos que não estivessem em inglês, português ou espanhol, artigos de revisão, qualquer estudo que associasse Aloe vera a outra molécula ou planta; todo e qualquer artigo cujo objetivo principal não fosse a cicatrização da pele relacionada ao tratamento com AV. Foram identificados 201 estudos, que após triagem de critérios de exclusão, foram reduzidos para 29 artigos, que foram lidos na íntegra. Destes 14 eram estudos in vivo, 8 eram ensaios clínicos, 5 estudos in vitro e 2 estudos translacionais. As evidências produzidas indicam modulação da AV nas fases inflamatória, proliferativa, maturação e regeneração. Os estudos sugerem que AV apresenta ativos pró cicatricias em sua constituição, que otimizam o reparo tecidual, através do estímulo à migração e proliferação celular de leucócitos, fibroblastos e queratinócitos, da indução de neoangiogênese e da deposição de colágeno.
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