Comportamento higrotérmico e energético de painéis de vedação vertical externa em madeira para a zona bioclimática 2
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Data
2021-09-30Primeiro membro da banca
Cunha, Eduardo Grala da
Segundo membro da banca
Silva, Antonio Cesar Silveira Baptista da
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A exposição de edificações à umidade sem o devido controle pode reduzir a durabilidade dos materiais, o conforto térmico e a qualidade do ar interno, proporcionando um ambiente favorável ao desenvolvimento de fungos filamentosos. Diante disso, são necessários estudos sobre a aplicação da madeira como componente de sistemas de vedação na construção civil para que seja avaliado o seu comportamento higrotérmico, principalmente em regiões com elevados índices de precipitação, como a Zona Bioclimática 2 (ZB2). Portanto, o objetivo desse trabalho é avaliar o comportamento higrotérmico e energético de diferentes sistemas de vedação vertical externa em madeira do tipo serrada (pinus, eucalipto e cumaru) e painel OSB, para a ZB2. A metodologia foi dividida em seis etapas: (1) definição dos materiais, (2) determinação das propriedades térmicas das madeiras, (3) definição dos painéis de vedação externa em madeira, (4) atualização do arquivo climático TMY2 de Santa Maria – RS, representativo da ZB2, (5) comportamento térmico e energético, através da simulação computacional com os programas EnergyPlus (versão 8.7) e (6) comportamento higrotérmico com o programa WUFI Pro 6.5. Assim, foram definidos 9 sistemas de vedação para cada tipo de madeira analisada (pinus, eucalipto e cumaru), que foram avaliados quanto ao comportamento térmico, principalmente a partir do modelo de conforto adaptativo, e quanto ao comportamento higrotérmico, analisando a integração dos fluxos de umidade, teor de umidade total, risco de condensação de vapor e risco de crescimento de fungos filamentosos. Os resultados mostram que, para todos os tipos de madeira, o sistema composto por dois painéis de madeira e lã mineral como camada intermediária foi apontado como mais vantajoso, sendo o mais simples entre os de maior percentual de horas de conforto anual. Além disso, os sistemas em pinus apresentaram a maior quantidade de painéis com bons índices de conforto, como também os maiores índices em relação aos sistemas em eucalipto e cumaru. Nos sistemas em pinus e cumaru não houve risco de condensação de vapor. Em contrapartida, os sistemas apresentaram condições higroscópicas favoráveis ao crescimento de fungos, entretanto as taxas de crescimento calculadas foram aceitáveis, sendo os sistemas em cumaru os que apresentaram os menores valores e em eucalipto os que apresentaram os maiores índices. Ainda, os sistemas em eucalipto apresentaram pontos críticos para o crescimento de fungos filamentosos na camada externa. De modo geral, os sistemas em madeira apresentaram comportamento satisfatório quanto às avaliações de conforto térmico e comportamento higrotérmico, destacando a aplicabilidade da madeira como painel de vedação vertical externo mesmo em condições climáticas desfavoráveis.
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