Mortalidade perinatal e as suas relações com os processos socioespaciais
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Data
2021-12-10Primeiro coorientador
Sehnem, Graciela Dutra
Primeiro membro da banca
Wilhelm, Laís Antunes
Segundo membro da banca
Faria, Rivaldo Mauro de
Terceiro membro da banca
Langendorf, Tassiane Ferreira
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A Taxa de Mortalidade Perinatal é considerada um indicador expressivo das condições da assistência pré-natal, ao parto e ao recém-nascido, além do acesso aos serviços de saúde. Objetivou-se analisar a relação entre os processos socioespaciais e a mortalidade perinatal. Trata-se de um estudo epidemiológico, do tipo ecológico e retrospectivo, que contemplou os óbitos da 4ª Coordenadoria Regional de Saúde em um estado do sul do Brasil, com a coleta de dados em prontuários. A amostra foi composta pelos óbitos fetais e neonatais precoces, por ocorrência no município de Santa Maria, no período de 2011 a 2018. Os dados foram analisados na forma descritiva, inferencial e espacial. Foi apreciado pelo Comitê em Ética e Pesquisa da Universidade Federal de Santa Maria, tendo parecer aprovado sob nº 4.206.244. Os resultados apontaram que a maioria das mulheres não realizaram o pré-natal de forma adequada; os natimortos ou recém-nascidos eram do sexo masculino, de muito e extremo baixo peso e apresentaram prematuridade extrema. Em relação aos óbitos neonatais, majoritariamente ocorreram no primeiro dia de vida. A principal via de parto foi a vaginal. A maior parte dos nascidos vivos apresentou Apgar no 1º minuto sugestivo de precárias condições ao nascer ou asfixia grave. O trabalho de parto prematuro foi a intercorrência mais prevalente. Na análise bivariada houve relação significativamente estatística entre as variáveis perdas gestacionais anteriores e uso de drogas. Na análise espacial foram georreferenciados 261 óbitos. Regionalmente apontou-se as áreas de maiores taxas de mortalidade perinatal nos municípios de Toropi, São João do Polêsine, Mata, Silveira Martins e Faxinal do Soturno. Na representação cartográfica de clusters houve presença de áreas vizinhas com aglomerados de óbitos. Em Santa Maria- RS o mapa de Kernel demonstrou áreas de alta densidade nas regiões oeste e centro-oeste. A concentração dos óbitos apresenta um caminho que acompanha áreas de ocupação irregular e a linha ferroviária, regiões essas, de intensa vulnerabilidade e pobreza no município, mas geograficamente próximas dos serviços de saúde. Ademais, os óbitos localizaram-se em áreas de privação social alta ou muito alta.
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