O Brasil imaginado por candidatos à presidência: uma abordagem sistêmico-funcional do discurso eleitoral
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Data
2021-08-13Primeiro membro da banca
Fuzer, Cristiane
Segundo membro da banca
Perez, Reginaldo Teixeira
Terceiro membro da banca
Correa, Erick Kader Callegaro
Quarto membro da banca
Lima-Lopes, Rodrigo Esteves de
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Uma análise diacrônica do discurso político eleitoral contribui para evidenciar quais temas têm sido priorizados e quais têm sido negligenciados pelos governantes. Desse modo, nosso objetivo é identificar, comparar e sintetizar os recursos léxico-gramaticais e semânticos utilizados por candidatos eleitos à presidência do Brasil, no período de 1989 a 2018, na construção de imaginários eleitorais. Ancoramos a análise linguística e dos parâmetros semânticos (LI; LUI; FUNG, 2020) na teoria Linguística Sistêmico-Funcional (HALLIDAY, 2014). O processo de geração de dados consistiu na reunião de amostras de discurso político eleitoral, nas modalidades oral (transcrição de 5 entrevistas concedidas ao Programa Roda Viva, da TV Cultura) e escrita (8 Planos de Governo), produzidas por candidatos à presidência que foram eleitos, no período de 1989 a 2018. A partir de uma abordagem qualitativa, complementada por ferramentas quantitativas (SARDINHA, 2004; SCOTT, 2020), a análise e explanação dos dados linguísticos foi organizada em duas fases. Primeiramente, efetuamos a análise dos Planos de Governo e das entrevistas televisivas de cada candidato a partir do estrato da léxico-gramática para identificarmos os principais tópicos que orientaram as propostas de governo e sua respectiva realização por meio da linguagem. A partir das evidências linguísticas, descrevemos o contexto de produção dos textos e as variáveis de registro. No estrato da léxico-gramática, distinguimos orações relacionais atributivas como as mais recorrentes na construção de imaginários. Os candidatos utilizaram Epítetos como “indispensável”, “imprescindível”, “necessário” para expressar o grau de obrigatoriedade ou necessidade de que uma proposta de ação torne-se realidade por meio da atuação do eleitor nas urnas em seu favor. Com relação às formas linguísticas (função irrealis) de realização da categoria sociológica de imaginários, estes foram realizados principalmente no participante processo, em grupos verbais temporalmente marcados nas formas futuras do indicativo ou no modo subjuntivo, e também no Atributo e nos recursos de modulação. Os resultados da análise contextual e dos parâmetros semânticos apontam que os imaginários de campanha realizados em orações relacionais, nos Planos de Governo, priorizaram Economia, à exceção de Rousseff que enfatizou o Bem-Estar Social. Nas entrevistas, Collor, Cardoso e Lula trataram de questões relacionadas ao Sistema Político, enquanto Rousseff abordou Economia, e Bolsonaro, Grupos Sociais.
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