Resiliência dos trabalhadores da atenção primária à saúde (APS)
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Data
2021-12-23Primeiro membro da banca
Dalmolin, Graziele de Lima
Segundo membro da banca
Greco, Patricia Bitencourt Toscani
Metadata
Mostrar registro completoResumo
É fundamental pensar em resiliência para enfrentar situações desfavoráveis no ambiente laboral, na capacidade de transformação do ser humano, na possibilidade de dar novos significados à essas experiências e em como o trabalhador da área da saúde irá desenvolver atributos que o possibilitem ter comportamento resiliente. Este estudo objetivou analisar a resiliência em trabalhadores da Atenção Primária à Saúde (APS). Trata-se de um estudo transversal, com amostra por conveniência de trabalhadores de saúde da APS da 4ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) e da cidade de Ijuí. Os dados foram coletados por meio do questionário de perfil sociodemográfico, laboral e de saúde e a Escala de Resiliência (ER) de maneira online. A análise ocorreu a partir da estatística descritiva, medidas de posição (média, moda e mediana) e dispersão (desvio padrão e intervalo interquartil), correlação de Spearman, teste Kolmogorov-Smirnov, teste Qui-Quadrado ou Exato de Fischer e Alpha de Cronbach. Os resultados apontaram um perfil composto por mulheres (88,3%), com companheiro (80%), filhos (71,1%) e idade mediana de 42,5 anos. A maior formação completa prevalente foi a pós-graduação (36,6%). Houve predomínio de Agentes Comunitários de Saúde (ACS) (31,7%), enfermeiros(as) (29,2%) e técnicos(as) de enfermagem (13,3%), atuantes em ESF (69,2%), com maior participação na cidade de Santa Maria (43,3%). Prevaleceram trabalhadores que não possuem outro vínculo empregatício (84,2%), satisfeitos com o trabalho (79,2%) e sem intenção de deixá-lo (82,5%). A maioria não praticava exercício físico (57,5%) e 64 (53,3%) possuía tempo para o lazer. A prevalência foi de 87 (72,5%) trabalhadores de saúde da APS com nível moderado/alto de resiliência, ou seja, os trabalhadores com capacidade para o enfrentamento de um ambiente de trabalho desgastante como um mecanismo de defesa individual contra os riscos de sofrimento e de adoecimento. Ainda, houve associação entre cargo de trabalhadores de ensino médio e resiliência (p = 0,03). Ademais, conclui-se que embora a média esteja dentro de um nível médio a alto, deve-se considerar os valores da ER variando de 84,0 a 167,0 pontos. Ademais, 27% dos trabalhadores apresentaram baixo nível de resiliência, ou seja, uma situação de risco para o adoecimento. Espera-se que esses resultados possam ser utilizados como subsídio para a manutenção e proteção da saúde dos trabalhadores da APS, pois poderão ampliar sua compreensão e adotar medidas auxiliando para melhor enfrentamento de situações adversas e que aumentem sua capacidade de resiliência.
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