Qualidade e duração do sono de estudantes universitários brasileiros durante a pandemia da Covid-19
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Data
2022-01-19Autor
Costa, Lucas Lazzarotto Vasconcelos
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A pandemia da COVID-19 e as medidas de distanciamento social adotadas provocaram modificações profundas nos padrões de sono da população. Os estudantes universitários foram particularmente afetados, devido à suspenção das atividades acadêmicas presenciais e ao fato de eles se encontrarem em um momento crítico do ciclo de vida. Sabe-se pouco sobre os impactos da pandemia sobre universitários brasileiros. Assim, o objetivo deste estudo foi examinar a qualidade do sono de estudantes universitários brasileiros durante a pandemia da COVID-19. 722 estudantes universitários brasileiros responderam a um questionário online com questões relativas a suas características sociodemográficas e comportamentais, bem como perguntas sobre e a duração, qualidade e distúrbios de sono. Os resultados apontaram que a frequência de sono insuficiente diminuiu 7% durante a pandemia, em comparação com o período anterior (χ²=9,49; p=0,002), ao passo que a frequência de sono de má qualidade aumentou 13% (χ²=31,16; p<0,001). Quanto aos desequilíbrios do sono, 76,18% dos participantes relataram apresentar pelo menos um desequilíbrio de sono, sendo o desequilíbrio mais frequente o excesso de sono (69,52%). O gênero feminino foi associado à presença de desequilíbrios de sono (χ²=7,46, p=0,006), raça negra associou-se ao sono insuficiente (antes da pandemia: χ²=4,04, p=0,044; durante: χ²=10,41, p=0,001), e renda familiar à má qualidade de sono durante a pandemia (χ²=22,02, p>0,001). Os resultados sugerem que o aumento na duração do sono não implica um aumento na qualidade deste. Medidas de promoção da qualidade de sono devem ser prioritários no enfrentamento dos efeitos adversos da pandemia.
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- TCC Psicologia [93]
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