Antes de o que, há sempre um porquê: motivações para comer de indivíduos adultos
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Data
2022-02-25Primeiro membro da banca
Alves, Ana Luisa Sant' Anna
Segundo membro da banca
Kirsten, Vanessa Ramos
Terceiro membro da banca
Gigante, Denise Petrucci
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Considerando as consequências do consumo alimentar excessivo de alimentos ultraprocessados como o aceleramento da obesidade e suas consequências, torna-se importante conhecer não somente o que as pessoas comem, mas também o porquê, a fim de auxiliar ainda mais nas propostas de intervenção para o enfrentamento da doença. O estudo objetivou identificar as motivações para escolhas alimentares de indivíduos adultos e possíveis associações com dados sociodemográficos e estado nutricional. Tratou-se de um estudo transversal realizado em dois municípios do sul do Brasil, com participantes entre 20 e 59 anos. O questionário utilizado incluiu questões sociodemográficas (idade, sexo, estado civil, escolaridade, renda), peso e estatura autorreferidos, além do instrumento para avaliar as motivações dividido em 15 subescalas, o The Eating Motivation Survey (TEMS). Participaram 371 indivíduos, em que, os adultos de meia-idade comiam por preferência (p=0,026) e saúde (p=0,001) e os mais jovens por atração visual (p=0,019). Os indivíduos do sexo masculino (p=0,002) e com maior renda (p=0,008) apresentaram comer tradicional como principal motivação, e aqueles que possuíam companheiros por conveniência (p=0,042). Aqueles com menor escolaridade escolhiam os alimentos por norma social (p=0,04), preferência (p=0,02) e preço (p=0,039). Por fim, os indivíduos com excesso de peso não apresentaram motivação para comer por questões de necessidade ou fome (p=0,001), saúde (p=0,02) e tampouco por questões naturais (p=0,001). Conclui-se que deve haver um olhar mais atento para os indivíduos mais jovens e as pessoas de menor escolaridade, pois os motivos indicados (atração visual e preço) estão associados com consumo de alimentos mais processados, além dos indivíduos com excesso de peso, pois entende-se que justamente os motivos que eles ignoram (saúde, fome e naturalidade dos alimentos), estão correlacionados com abordagens de saúde evidenciadas para promoção de um comportamento alimentar mais saudável para todos os indivíduos.
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