Exercício de força protege do fenótipo do tipo ansioso/depressivo em camundongos submetidos a um modelo de estresse
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Data
2022-03-18Primeiro coorientador
Nogueira, Cristina Wayne
Primeiro membro da banca
Pesarico, Ana Paula
Segundo membro da banca
Rambo, Leonardo Magno
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A díade ansiedade/depressão tem se mostrado um mal recorrente na população mundial nos últimos anos, sendo um fator incapacitante e agravado pelo fato de duas patologias centrais estarem associadas. O exercício físico de resistência tem sido estudado para além de seus efeitos a nível periférico, visando a melhora de pacientes depressivos, porém menos estudado se comparado a outras modalidades esportivas, como o exercício aeróbico. Deste modo, o objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito protetor do exercício físico de resistência frente a díade ansiedade/depressão em camundongos machos expostos ao estresse e o envolvimento da neuroinflamação e neurogênese hipocampal. Este trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética no uso de animais sob número #1535120320. Camundongos Swiss machos (35 dias), divididos em dois grupos (sedentário e exercitado) iniciaram o protocolo de exercício de resistência , passando por uma semana de adaptação e nas quatro semanas seguintes havendo um incremento de cargas ao subir a escada a cada semana. Três dias após o fim do protocolo de exercício os animais foram redivididos e dois grupos foram expostos ao estresse, passando por testes comportamentais sete e oito dias após o estresse prolongado único emocional (Esps). Os resultados evidenciaram um efeito protetor do exercício de resistência frente as alterações causadas pela exposição ao estresse em testes preditivos de ansiedade e depressão. Este efeito do exercício está de alguma forma relacionado com sua capacidade de modulação de proteínas centrais envolvidas na neuroinflamação, que mostrou-se exacerbada em animais sedentários expostos ao estresse. Da mesma forma, o exercício mostrou modular a via proteína quinase B (Akt)/ alvo mecanístico da rapamicina (mTOR) no hipocampo, estrutura central associada com processos de neurogênese e alvo de estudos da fisiopatologia da díade ansiedade/depressão, além de evitar a diminuição do receptor de tropomiosina quinase B (TRκB) nesta estrutura. Tanto a exposição ao exercicio de força quanto a exposição ao estresse levaram a um aumento nos níveis de receptor de glicocorticoide (GR), o que demostra que os efeitos do exercício independem diretamente de GR. A exposição ao estresse levou ao aumentos dos níveis de corticosterona circulantes apenas em animais sedentários. Ambos, exercício de resistência e estresse não causaram danos locomotores nos animais. Em conjunto, os resultados aqui apresentados demonstram um papel protetor do exercício de força em camundongos machos submetidos ao estresse, pelo mesmo modular a neuroinflamação hipocampal, além de modular a via Akt/mTOR e a neurogênese.
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