Efeito antitumoral da berberina em linhagem de células SK-MEL-28 de melanoma
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Data
2022-01-10Primeiro coorientador
Pillat, Micheli Mainardi
Primeiro membro da banca
Spanevello, Roselia Maria
Segundo membro da banca
Stefanello, Francieli Moro
Terceiro membro da banca
Rubin, Maribel Antonello
Quarto membro da banca
Ardisson-Araújo, Daniel Mendes Pereira
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O melanoma é a forma mais agressiva dos cânceres de pele, possuindo alto poder metastático, responsável por causar a maioria (75%) das mortes relacionadas à pele. O poder metastático das células tumorais é um grande desafio aos agentes terapêuticos, uma vez que a metástase é a principal causa de morte relacionada ao câncer, devido a reprogramação celular, extravasamento e disseminação invasiva, promovendo o crescimento de tumores em tecidos distantes. A berberina (BBR), um alcaloide isoquinolina, é um composto encontrado em plantas como a Coptis chinensis e Berberis aristata que tem demonstrado propriedades antitumorais, além diminuir a toxicidade causada por quimioterápico. Dessa forma, o objetivo do estudo foi investigar os mecanismos antitumorais da BBR na linhagem celular SK-MEL-28 de melanoma humano. Para isso, inicialmente foi utilizada a viabilidade celular pelo ensaio de MTT, no qual as células SK-MEL-28 foram tratadas em diferentes concentrações de BBR (10, 25, 50, 75, 100, 150, 200 e 250 μM) e tempos (24, 48 e 72 horas) para determinação do IC50. Após foram realizadas análises de morte celular, índice de dano ao DNA e ciclo celular, além de quantificação de proteínas envolvidas na apoptose. Ainda, foram feitas análises da atividade antioxidante, níveis de espécies reativas de oxigênio (ERO) e de citocinas. Adicionalmente, foi avaliada a capacidade de migração, assim como a atividade e expressão de componentes do sistema purinérgico frente ao tratamento com BBR e o uso concomitante ou isolado do inibidor de AMPK (iAMPK). Os resultados mostraram que a BBR promove uma diminuição da viabilidade celular após 24 horas e o IC50 definido como 50 μM, causa o aumento do índice de dano ao DNA celular, aumento no número de células com parada na fase G1/G0 do ciclo celular, aumento de espécies reativas de oxigênio (ERO) e proteínas ligadas à apoptose nas células SK-MEL-28. Em adição, a BBR induz à apoptose de células de melanoma e aumento nas citocinas anti- e pró-inflamatórias. Somado a isso, esse composto influencia a capacidade de migração, modificando a estrutura e adesão das células de melanoma humano, já o iAMPK influencia apenas a capacidade de migração. Não foram observadas alterações na expressão de NTPDase (CD39) e 5′-nucleotidase (CD73), mas em 24 horas de tratamento com BBR, houve uma inibição na hidrólise de nucleotídeos ATP, ADP e AMP. Por fim, tanto o iAMPK quanto o tratamento com BBR concomitantemente com o iAMPK resultaram em uma redução na hidrólise de nucleotídeos. É importante ressaltar que os resultados deste estudo são importantes, uma vez que o melanoma humano apresenta alta capacidade metastática e mortalidade, o que torna a pesquisa com compostos naturais uma importante aliada da medicina integrativa. Enfatizamos que estudos in vivo, como ensaios clínicos são necessários para melhor demonstrar os efeitos da BBR, dada a complexidade do metabolismo corporal.
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