A preferência dos jovens brasileiros pela disciplina ciências: interesse absoluto x interesse relativo
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Data
2022-03-22Primeiro coorientador
Ocampo, Daniel Morin
Primeiro membro da banca
Gouw, Ana Maria dos Santos
Segundo membro da banca
Silva, Cirlande Cabral da
Terceiro membro da banca
Carlan, Francele de Abreu
Quarto membro da banca
Canto-Dorow, Thaís Scotti do
Metadata
Mostrar registro completoResumo
As pesquisas em ensino de ciências têm demonstrado um crescente desinteresse dos jovens pelas disciplinas científicas ao longo da escolarização. Além disso, o interesse por seguir carreiras ou prosseguir estudos acadêmicos nas áreas científicas também diminuiu entre os jovens. Essa perda de interesse na área torna-se preocupante, uma vez que o conhecimento científico é importante para a formação escolar ligado ao fato de o desenvolvimento econômico e social estar, cada vez mais, associado aos avanços científicos e tecnológicos. O Brasil conta com pesquisas relevantes nesta área destacando-se, dentre elas, aquelas oriundas do projeto ROSE (The Relevance of Science Education), que buscam escutar a voz do estudante em relação aos seus interesses e atitudes frente à ciência e tecnologia. Os jovens brasileiros consideram a disciplina Ciências importante, porém ela não figura entre suas favoritas, formando-se assim um paradoxo entre preferência absoluta e preferência relativa. Baseado nesse contexto buscamos investigar como os jovens brasileiros se distribuem frente ao paradoxo preferência pela disciplina Ciências e de que maneira o interesse em aprender tópicos em ciência e tecnologia, as atividades extraescolares e a opinião dos jovens sobre suas aulas de ciências auxiliam a entender esse paradoxo. Em relação a preferência pelas disciplinas científicas os jovens estão divididos em quatro grupos: Prioridade Específica (30,6%), alta preferência relativa e absoluta, esse grupo possui tendência a apresentar atitudes e interesses positivos pela área da ciência e tecnologia; Outras Prioridades (45,15%), alto interesse absoluto e baixo interesse relativo, seus interesses e atitudes encontram-se dispersos nessa área, sendo o seu interesse voltado mais para a área da saúde; Baixa prioridades (20,26%), possui baixa preferência absoluta e relativa pela disciplina, tendem a apresentar atitudes e interesses negativos pela área; Prioridade não específica (3,98%) possui alto interesse relativo e baixo interesse absoluto pela disciplina Ciências. Conhecer como os jovens se comportam frente à disciplina Ciências é importante, pois pode subsidiar professores em sala de aula para criar estratégias de ensino. Torna-se importante também em um contexto de reforma curricular na educação básica e superior desencadeada pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que impacta diferentes níveis de ensino, em especial o ensino médio e seus itinerários formativos.
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