Estudo sobre teluroxanos gigantes: novos exemplos e metodologias para derivatização
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Data
2022-03-29Primeiro coorientador
Tirloni, Bárbara
Primeiro membro da banca
Batista, Alzir Azevedo
Segundo membro da banca
Iglesias, Bernardo Almeida
Terceiro membro da banca
Back, Davi Fernando
Quarto membro da banca
Deflon, Victor Marcelo
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Neste trabalho estão descritas a síntese e a caracterização estrutural de uma nova
classe de compostos, os teluroxanos gigantes. Foram obtidos onze novos compostos:
[{(PhTe)18{M(NO3)(H2O)}O24}2I16] (M = Y (1), La (2), Eu (3), Lu (4)), [{(PhTe)18{Nd-
(dmf)2I}O24}2I16]∙4dmf∙5H2O (5), [{(PhTe)18{Y(dmf)(H2O)}O24}2Br18]∙5dmf∙6H2O (6),
[{(PhTe)18{La(dmf)2(H2O)}O24}2Br18]∙8H2O (7), [{(PhTe)18{Ce(dmf)2Br)}O24}2(SO4)2-
Br12] (8), [{(PhTe)18{Y(NO3)(H2O)}O24}2(PhSeO2)4(NO3)12] (9), [{(PhTe)18{Ce(NO3)2}-
O24(PhSeO2)}2{Ce2(NO3)6}(NO3)8]∙6C4H8O2 (10) e [{(PhTe)18{Na(diox)(H2O)}O24}2-
(HNEt3)4Cl18]∙3dmf∙10H2O (11). Os trabalhos de investigação do preparo de
teluroxanos gigantes são escassos, apesar de sua versatilidade estrutural e
promissoras aplicações na ciência dos materiais, como materiais ópticos e
capturadores de CO2. A metodologia empregada para síntese destes compostos está
relacionada com a hidrólise de haletos de feniltelúrio (PhTeI3, PhTeBr3, [PhTeI]4 e
PhTeCl – sendo os dois últimos formados in situ) e subsequente agregação e
condensação na presença de diferentes sais metálicos, formando estruturas contendo
duas meias esferas catiônicas de composição [{(PhTe)18{ML}O24}]n+, interligadas e
estabilizadas por ligações de calcogênio Te∙∙∙X (X = Cl, Br, I) ou, ainda, por ligações
covalentes realizadas pelo uso de um ligante espaçador, como o fenilseleninato. As
meias esferas são compostas por dois macrociclos: (PhTe)12O12 e (PhTe)6O6, sendo
este último importante para o cluster, pois acomoda íons metálicos oxofílicos em um
ambiente de coordenação rígido formado pelos seis átomos de oxigênio, semelhante
ao ligante 18-coroa-6. Ambos macrociclos estão conectados por ligações -O2-. A
partir dos testes realizados, verificou-se que a escolha dos íons metálicos independe
do seu estado de oxidação, mas depende do tamanho do seu raio iônico, pois estes
íons necessitam acomodar mais de seis ligações em sua esfera de coordenação.
Verificou-se, ainda, que modificações do solvente e do ânion do sal metálico provocam
mudanças na morfologia das meias esferas e, consequentemente, do cluster inteiro.
A análise estrutural por difração de raios X em monocristal se mostrou como técnica
de caracterização principal, seguido das análises complementares de espectroscopia
na região do infravermelho, Raman e UV-Vis, bem como análise elementar, ponto de
fusão e espectrometria de massas.
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