Resíduos sólidos recicláveis e não-recicláveis produzidos no Centro de Tecnologia da UFSM
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Data
2019-03-18Primeiro coorientador
Krügel, Marilise Mendonça
Primeiro membro da banca
Wolff, Delmira Beatriz
Segundo membro da banca
Silva, Joel Dias da
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Com o aumento na produção de resíduos sólidos, surgiu a necessidade de
estabelecer políticas públicas que permitissem o seu adequado manejo, reduzindo
seu impacto sobre o meio ambiente. O gerenciamento de resíduos sólidos envolve o
controle das etapas de geração, identificação, acondicionamento, coleta, tratamento
e disposição final desses materiais, e como principal benefício permite identificar
formas de redução, recuperação e reciclagem nas fontes de geração. O primeiro
passo para a implantação desses sistemas é o diagnóstico da origem, volume e
características desses resíduos dentro das instituições. As universidades são
equiparadas a pequenos núcleos urbanos, com uma geração de resíduos sólidos
que apresenta grande heterogeneidade quanto a sua origem e periculosidade.
Nesse contexto, a Universidade Federal de Santa Maria não apresenta dados
referentes à geração e caracterização dos resíduos sólidos recicláveis e não
recicláveis produzidos em suas diferentes unidades administrativas. Portanto, este
estudo visou realizar o diagnóstico dos resíduos sólidos destinados a coleta
municipal e seletiva da unidade universitária do Centro de Tecnologia, da
Universidade Federal de Santa Maria. Estabeleceu-se um plano de amostragem que
compreendeu o ano acadêmico de 2018, abrangendo cinco campanhas para a
coleta de dados, nas quais foram realizadas a caracterização quali-quantitativa dos
resíduos sólidos. Identificou-se que a forma de acondicionamento estabelecida para
separar os resíduos recicláveis (uso de sacolas coloridas) e não recicláveis (uso de
sacolas pretas) não é eficiente na unidade. Em termos de taxa de geração, o Centro
de Tecnologia apresenta um valor de 19,62 g.usuário-1.dia-1, um baixo valor quando
comparado com outras instituições de ensino superior. A composição gravimétrica
global da unidade universitária apresentou os maiores percentuais para: resíduos
orgânicos (27,1%), rejeitos (23,3%), papel/papelão (22,9%), e plásticos (8,2%). Em
termos de volume os maiores percentuais observados foram para os plásticos
(35,3%), papel/papelão (23,8%) e rejeitos (12,51%). Resíduos com descarte
específicos, como laboratoriais (0,4%), eletrônicos (1,2%) e de manutenção (2,6%)
também são descartados juntamente com o fluxo de resíduos recicláveis e não
recicláveis da unidade universitária. Os resíduos identificados com potencias fontes
de redução de consumo foram os copos plásticos descartáveis, com um descarte
3,8 vezes superior ao de copos de isopor, que também são passíveis de ações de
redução, e garrafas PET, descartadas 2,0 vezes mais que latas de alumínio. Desta
forma, campanhas de sensibilização para a minimização desses descartes devem
ser realizadas juntamente com a comunidade acadêmica.
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