Influência do substrato no comportamento mecânico em fadiga de cerâmicas odontológicas cimentadas adesivamente
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Data
2022-07-15Primeiro coorientador
Venturini, Andressa Borin
Segundo coorientador
Kleverlaan, Cornelis Johannes
Primeiro membro da banca
Prochnow, Catina
Segundo membro da banca
Tribst, João Paulo Mendes
Terceiro membro da banca
Bottino, Marco Antonio
Quarto membro da banca
Fraga, Sara
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Três artigos científicos compõem essa tese com objetivo de avaliar o comportamento em fadiga de cerâmicas odontológicas frente a diferentes condições do substrato aos quais foram adesivamente cimentadas. No primeiro estudo, discos (n= 15; Ø= 10 mm; espessura= 0,7mm ou 1,0mm) de duas cerâmicas policristalinas a base de zircônia (ZR) foram cimentados sobre substratos de resina epóxi (RE), resina composta (RC) ou liga metálica (LM) para avaliar a influência de substratos com diferentes módulos elásticos (E) no comportamento mecânico em fadiga de duas gerações (segunda e terceira) de ZR em diferentes espessuras. Os espécimes foram ensaiados sob teste de fadiga acelerada (frequência= 20 Hz) com patamares de cargas crescentes até a presença de trincas ou carga máxima de 2800N. Os resultados de ZR cimentada sobre LM (maior E) foram superiores em ambas as gerações e espessuras avaliadas. A ZR de segunda geração foi superior à terceira geração em todas variáveis. Para espessuras, os espécimes de 1,0 mm apresentaram melhores resultados que 0,7 mm apenas para a ZR de segunda geração. No segundo estudo, discos (n= 15; Ø= 10 mm, espessura= 1,0 mm) de ZR, cerâmica feldspática (FEL), cerâmica vítrea reforçada por dissilicato de lítio (DL) e de uma rede cerâmica infiltrada por polímero (PICN) foram adesivamente cimentados a substratos de RE ou LM, também com objetivo de avaliar influência do E do substrato no comportamento em fadiga das restaurações cerâmicas. Foi realizado ensaio de fadiga acelerada com metodologia semelhante ao estudo anterior. Todas as cerâmicas avaliadas apresentaram resultados superiores quando cimentadas sobre o substrato de maior módulo elástico (LM). Nessa condição, DL apresentou resultados semelhantes à ZR, sendo ambos superiores à FEL e PICN. Sobre substrato de menor E (RC), PICN foi similar à ZR e DL, enquanto FEL apresentou resultados inferiores aos demais materiais avaliados. Análise de Elementos Finitos (FEA) foi executada para os dois primeiros estudos e corroborou os resultados encontrados no ensaio de fadiga. No terceiro artigo, objetivou-se avaliar a influência do tratamento de superfície do substrato no comportamento em fadiga de DL cimentada sobre eles. Discos de RC foram confeccionados simulando núcleos protéticos resinosos e submetidos à diferentes tratamentos da superfície após a remoção de cimento provisório. Discos de DL foram adesivamente cimentados sobre os discos de substrato tratados, e as amostras foram submetidas ao ensaio de fadiga (n= 15) com metodologia similar aos dois primeiros estudos, sendo a carga aplicada sobre o disco cerâmico. Amostras dos substratos foram também submetidos à análises topográficas, onde foram encontradas diferentes características na superfície do substrato de RC. Entretanto, nenhum protocolo influenciou no comportamento mecânico dos discos cerâmicos. Assim, conclui-se a partir da presente tese que o módulo de elasticidade tem efeito positivo no comportamento em fadiga quando as restaurações cerâmicas são cimentadas adesivamente sobre substratos de maior módulo de elasticidade, enquanto que a espessura dos discos cerâmicos das diferentes gerações de ZR teve influência apenas no comportamento mecânico da segunda geração. O tratamento de superfície do substrato não influenciou o comportamento mecânico da cerâmica de DL.
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