A influência de capacidades dinâmicas e incertezas ambientais na propensão para a internacionalização de empresas de base tecnológica em uma economia emergente
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Data
2022-06-01Primeiro membro da banca
Hahn, Ivanete Schneider
Segundo membro da banca
Lopes, Luis Felipe Dias
Terceiro membro da banca
Bichueti, Roberto Schoproni
Quarto membro da banca
Silva, Vanessa Almeida da
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Defende-se a tese de que as capacidades dinâmicas e as incertezas ambientais podem influenciar a propensão para a internacionalização de empresas de base tecnológicas brasileiras. Para tanto, o objetivo deste estudo é analisar a influência de capacidades dinâmicas – adaptativas, absortivas e inovativas – e de incertezas ambientais na propensão para a internacionalização de empresas de base tecnológica (EBTs) de uma economia emergente. Dessa forma, o suporte metodológico abrange uma pesquisa de natureza aplicada e descritiva/explicativa, o método científico é hipotético-dedutivo e exploratório, no que se refere a natureza dos dados, caracterizou-se como quantitativa, por meio de levantamento (survey), tendo como período de aplicação os meses de agosto de 2021 a fevereiro de 2022 – período marcado pela pandemia Covid-19 – configurando uma amostra de 137 empresas. Deste modo, aplicaram-se aos respondentes um protocolo de pesquisa segmentado em cinco partes: perfil sociodemográfico dos respondentes; caracterização das empresas; escala de capacidades dinâmicas (ADP; ABS; INN); escala de incertezas ambientais (IAT; IAM) e escala de orientação para o crescimento internacional (OCI). Como método de tratamento dos dados, utilizou-se a modelagem de equações estruturais (SEM), medidas descritivas e padronização de escores. No que tange às contribuições científicas, é possível elencá-las de acordo com os objetivos específicos propostos: a) quanto à caracterização das EBTs analisadas, a maioria configurou-se como microempresas jovens, de 1 a 5 anos de existência no mercado, com faturamento médio anual menor que R$250 mil, majoritariamente localizadas na região Sul e Sudeste do país e em variados setores de atuação com destaque para SaaS (Web App), Agronegócio e Educação. A maior parte da amostra afirmou também estar inserida em algum tipo de ambiente de inovação e não possuir atividades comerciais no exterior; b) as capacidades dinâmicas adaptativas, absortivas e inovativas, as incertezas ambientais e a orientação para o crescimento internacional foram descritas por meio da frequência, média e desvio padrão de seus indicadores ; c) um modelo de investigação foi proposto e validado com base na literatura contando com a análise de dezessete hipóteses e sub hipóteses que foram empiricamente testadas resultando na aceitação de oito hipóteses; d) verificou-se um papel de mediação das incertezas tecnológicas na relação entre as capacidades absortivas e inovativas e a propensão para a internacionalização, já as incertezas ambientais de mercado não mediaram nenhuma das relações propostas; e) a padronização das escalas de capacidade adaptativa, absortiva e inovativa retornaram altos níveis indicados por 86,86% (n=119), 88,32% (n=121) e 93,43% (n=128) respectivamente. Por outro lado, identificou-se um baixo nível geral da escala de OCI indicando que 40,88% (n=56) das empresas examinadas não estão propensas a internacionalizar-se. Por fim, concluiu-se que a tese defendida inicialmente foi corroborada parcialmente ao verificar-se que apenas a capacidade adaptativa e a incerteza ambiental tecnológica influenciam a propensão para a internacionalização em empresas de base tecnológica. Além disso, constatou-se que somente a incerteza ambiental tecnológica apresentou efeito de mediação nas relações propostas.
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