Representações genderless: mediações entre cultura vivida e registrada em audiovisuais publicitários de moda
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Data
2021-03-19Primeiro membro da banca
Petermann, Juliana
Segundo membro da banca
Dalla Valle, Lutiere
Terceiro membro da banca
Moraes, Ana Luiza Coiro
Quarto membro da banca
Silva, Thomas Josué
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Na presente pesquisa analisamos como as mediações entre a cultura vivida e a cultura registrada, tensionadas pela hegemonia, contribuem para a construção das representações genderless nos audiovisuais publicitários de moda. Temos como objetivo geral analisar a construção das representações genderless a partir das mediações de gênero e da moda e dos audiovisuais publicitários de moda. Como objetivos específicos propomos: contextualizar as contribuições do gênero e da moda na construção social dos sujeitos, no âmbito histórico, político, social, econômico e cultural; averiguar como são construídos os padrões de gênero nos audiovisuais publicitários de moda; identificar as representações genderless nos audiovisuais publicitários de moda (Tudo Lindo & Misturado, Despertar, Misturados, Encontros (C&A); À La Garçonne Coleção 02 - 2017; Youcom | Coleção Inverno '18; Outono-Inverno 2018 | Renner #pratodosverem #pracegover; TommyXLewis | Lewis Hamilton; Lewis Hamilton #tommyxlewis Fall 19; Ellus | Winter 2019); e tensionar com base na hegemonia as mediações de gênero e moda e dos audiovisuais publicitários de moda na construção das representações genderless analisadas. Para isso, buscamos, por meio da elaboração de um percurso metodológico próprio, com base na perspectiva da análise cultural de Williams (2003), tratar o objeto de pesquisa a partir de duas instâncias: a) cultura vivida, analisada com base nos macrocontextos histórico, social, político, econômico e cultural da moda e do gênero na sociedade; e b) cultura registrada, analisada a partir dos audiovisuais publicitários de moda do corpus. Aciona-se o conceito de mediação, entendido nesta pesquisa como uma interpretação da realidade, tensionando com a hegemonia para finalizar o processo analítico. Percebemos que as representações genderless consideradas são todas negativas, trazendo invisibilidade, silenciamento, preconceitos e estigmas aos indivíduos sem gênero. Ainda, nessas produções, salienta-se um poder heteronormativo, estereotipização sexual e de gênero e confusões entre moda genderless e moda unissex. Portanto, grifa-se, é necessário que marcas de moda e a sociedade, ao trabalharem com a diversidade de gênero e sua representação, deem voz à pluralidade de sujeitos a fim de combater estereótipos e discriminações com a população LGBTQIA+.
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