Modulação cultural do cuidado familial à criança dependente de tecnologia em saúde
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Data
2022-06-20Primeiro coorientador
Wilhelm, Laís Antunes
Primeiro membro da banca
Toso, Beatriz Rosana Gonçalves de Oliveira
Segundo membro da banca
Prates, Lisie Alende
Terceiro membro da banca
Schimith, Maria Denise
Quarto membro da banca
Santos, Raissa Passos dos
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Objetivo: interpretar a modulação cultural do cuidado familial à criança dependente
de tecnologia em saúde nos diferentes contextos em que estão inseridos. Método:
estudo etnográfico, com abordagem qualitativa. Os informantes do estudo, foram as
crianças dependentes de tecnologia, seus familiares e pessoas do seu convívio,
completando dez informantes gerais e 5 chaves. A seleção das famílias ocorreu de
maneira intencional a partir do banco de dados da dissertação de mestrado da
pesquisadora. A produção dos dados completou 300 horas, em um período de 10
meses, de junho de 2019 a abril de 2020 em Santa Maria. Teve início no domicílio das
famílias e a pesquisadora pôde acompanha-las em seus locais de convívio (escola,
espaços de saúde e comunidade). Foi utilizada a observação participante e a
entrevista etnográfica com registros em diário de campo, e, o genograma e o
ecomapa, como instrumentos de coleta. Para a interpretação dos dados foram
seguidas as seguintes fases propostas pela etnoenfermagem: (1) coleta, descrição e
documentação de dados brutos; (2) identificação e caracterização dos descritores e
componentes; (3) padrões e análise contextual e (4) temas principais, resultados da
pesquisa, formulações teóricas e recomendações. Os preceitos éticos foram
respeitados conforme a Resolução 466/12 e a Resolução 510/16. O estudo possui
aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição com o número do parecer
3.319.351. Resultados: apontaram aspectos da organização e configuração familiar,
para o cuidado da criança dependente de tecnologia em saúde e da rede de apoio
disponível. As famílias precisam do apoio de pessoas para além do núcleo familiar
para garantir o cuidado e consideram a escola e os serviços de saúde como parte
dessa rede. Os limites e possibilidades encontrados no decorrer do cuidado,
perpassam pelas dificuldades socioeconômicas, a falta de abrangência por parte das
políticas públicas, as mães como cuidadoras principais, os pais provedores do
sustento, o espaço social sendo o espaço de cuidado, o preconceito existente, a
inclusão escolar das crianças, a falta de escuta. Conclusão: as famílias de crianças
dependentes de tecnologias em saúde precisam realizar modulações culturais para
enfrentar os limites que encontram no decorrer do percurso de cuidado e se reinventar
dentro da configuração familiar e da rede de apoio para transformar esses limites em
possibilidades em prol da qualidade de vida dessas crianças.
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