Determinação de oligoelementos e elementos potencialmente tóxicos no sangue de pacientes com leucemia linfocítica aguda
Visualizar/ Abrir
Data
2022-03-17Primeiro coorientador
Müller, Edson Irineu
Primeiro membro da banca
Müller, Aline Lima Hermes
Segundo membro da banca
Mortari, Sergio Roberto
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A leucemia linfocítica aguda (LLA) é um tipo de câncer que acomete a medula óssea, alterando o processo hematopoiético, devido a uma mutação genética que ocorre nas células tronco de origem linfoide. Desta forma, são gerados linfoblastos imaturos, que não possuem função sanguínea e se acumulam na medula óssea. Esse tipo de câncer ocorre principalmente em crianças, as quais representam a maioria dos casos desta doença. Atualmente a quimioterapia é o tratamento mais utilizado para remissão da doença, já que gera uma taxa de sobrevida de aproximadamente 80%. Contudo, o tratamento pode acabar destruindo células normais e saudáveis, como enzimas e proteínas importantes no nosso organismo, as quais geralmente possuem ou necessitem de oligoelementos para que assim exerçam adequadamente suas funções. Desta forma, este trabalho buscou investigar a variação de oligoelementos no sangue de pacientes com LLA para verificar como a quimioterapia pode afetar a disponibilidade de alguns elementos essenciais. Além disso, também existem elementos potencialmente tóxicos que já foram relacionados a ocorrência de diversos tipos de cânceres. Sabendo disso, também buscou-se determinar elementos nocivos à saúde, como forma de investigar possíveis relações entre eles e a ocorrência da LLA. Para tanto, foram realizados estudos de preparo da amostra com solubilização em meio alcalino, com o uso de hidróxido de tetrametilamônio (TMAH), além de decomposição em meio ácido. A determinação elementar foi feita pelas técnicas de espectrometria de massa com plasma indutivamente acoplado (ICP-MS) e espectrometria de emissão atômica com plasma indutivamente acoplado (ICP OES). Por meio de testes estatísticos foi possível verificar que no grupo de pacientes estudados não houveram diferenças significativas na média dos oligoelementos ao longo da quimioterapia, exceto para o ferro que teve um aumento considerável. Esse aumento pode estar associado as transfusões sanguíneas que são realizadas nos pacientes e que podem acabar gerando uma sobrecarga de ferro no organismo. Fatores como alimentação, condições ambientais características da região onde o paciente reside, as transfusões sanguíneas e a LLA parecem não estar relacionados aos demais oligoelementos, uma vez que não foram observadas diferenças significativas ao longo do tratamento contra a LLA. Da mesma forma, os elementos não essenciais determinados também não tiveram diferenças significavas, indicando que os pacientes não estavam expostos a presenças elevadas destes elementos durante o período de estudo. Consequentemente, não foram observadas evidências que correlacionem a LLA com estes elementos nocivos. Para a solubilização da amostra com TMAH, pode ser verificado que é um método mais rápido, que necessita de baixos volumes de reagente e requerer equipamentos simples. Contudo, ele não foi eficiente para a solubilização de amostras de sangue, visto que a solução final ficou com aspecto turvo e com presença de material suspenso, sendo um fator que impossibilitou a introdução da solução no ICP-MS. Portanto, a decomposição com ácido foi adotada para o preparo das amostras, onde, através de testes de adição e recuperação dos analitos, foi verificada recuperação quantitativa dos mesmos.
Coleções
Os arquivos de licença a seguir estão associados a este item: