As quedas d’água enquanto geopatrimônio dos municípios de Pelotas e Arroio do Padre: contribuições ao geoturismo na Costa Doce do Rio Grande do Sul
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Data
2022-07-15Primeiro membro da banca
Borba, André Weissheimer de
Segundo membro da banca
Bento, Lilian Carla Moreira
Metadata
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As quedas d’água são feições derivadas da associação dos elementos abióticos, em
especial a água, as rochas e o relevo. As cascatas, cachoeiras, corredeiras e saltos
são compreendidos como feições que conjugam a relação sistêmica entre os
componentes da geodiversidade na escala dos geótopos, ou de forma mais
abrangente no âmbito das geofácies. Nesse contexto, destaca-se a necessidade de
identificar locais de ocorrência de quedas d’água, bem como definir estratégias de
valorização e conservação deste geopatrimônio que possui valor pela sua simples
existência (BENTO; RODRIGUES, 2011; CLAUDINO-SALES, 2018). Diante disso a
presente pesquisa possui como objetivo principal identificar e analisar as quedas
d’água dos municípios de Pelotas e Arroio do Padre (RS), a partir da identificação de
áreas potenciais para a ocorrência desses elementos da geodiversidade e da
articulação dos mesmos com o conhecimento da população local, por meio da
cartografia colaborativa, a fim de subsidiar a elaboração de roteiros geoturísticos. Para
o desenvolvimento da pesquisa foram propostos os seguintes procedimentos
metodológicos: a) elaboração do mapa de declividade; b) elaboração do mapa de
concentração de lineamentos; c) obtenção do índice de concentração da rugosidade
local; d) obtenção do índice de diversidade de formas do relevo; e) álgebra de mapas
para a identificação de áreas com potencial ocorrência de quedas d’água; f) obtenção
de informações sobre as quedas d’água por meio da cartografia colaborativa; g)
inventariação das quedas d’água verificadas e; h) proposição de rotas, considerando
as quedas d’água inventariadas. Posteriormente, 17 quedas d’água foram
inventariadas e integraram a proposição de três roteiros geoturísticos, que levaram
em consideração elementos da ficha de avaliação, quadros sínteses das quedas
d’água e informações como: a distância entre as propriedades e; a presença de
estradas vicinais. Verificou-se através da cartografia colaborativa e da álgebra de
mapas, que a área de estudo apresenta um potencial considerável para a ocorrência
de quedas d’água, que demanda não só de inventariação, mas da gestão consciente
dos proprietários e da aplicação de ações de conservação do geopatrimônio por parte
de órgãos públicos, além da sensibilização do geoturista.
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