Avaliação dos pacientes com asma grave do ambulatório de pneumologia do Hospital Universitário de Santa Maria em uso de omalizumabe
Visualizar/ Abrir
Data
2022-07-08Primeiro membro da banca
Weinmann, Angela Regina Maciel
Segundo membro da banca
Haeffner, Leris Salete Bonfanti
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Asma grave é uma síndrome complexa e um importante problema de saúde global
que necessita de uma abordagem terapêutica integrada. Tendo isso em vista, o
objetivo do presente estudo foi avaliar clínica e funcionalmente os pacientes adultos
com asma alérgica grave não controlada, atendidos no serviço de pneumologia do
Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM), da Universidade Federal de Santa
Maria (UFSM), em uso de omalizumabe. Trata-se de um estudo retrospectivo,
transversal e descritivo, com dados obtidos por meio da análise dos prontuários
médicos. A amostra foi obtida do banco de dados do serviço de pneumologia do
HUSM/UFSM. Foram incluídos no estudo os pacientes que utilizavam omalizumabe,
um anticorpo monoclonal humanizado anti-IgE, indicado em pacientes com asma
alérgica grave não controlada, após revisão sistematizada da aderência ao
tratamento, da técnica inalatória correta das medicações, do controle ambiental e do
tratamento das comorbidades. Foram avaliados os dados clínicos, funcionais e
laboratoriais de 13 pacientes por 16, 32 e 54 semanas após o início da medicação.
Tais dados foram correlacionados com os desfechos de controle da asma, medido
pelo Asthma Control Test (ACT) e pela função pulmonar, analisando-se o volume
expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1), medido pela espirometria e pelo
número de exacerbações. A idade foi, em média, 50,6 anos (com variação de 31 a 64
anos), 12 indivíduos eram do sexo feminino, 1 do sexo masculino, nenhum era
fumante ativo e sete eram obesos. Em oito dos indivíduos, os sintomas haviam
iniciado. O ACT foi, em média, 9,4 pontos na avaliação basal ou inicial, aumentando
para 17 pontos após 54 semanas, e o VEF1 foi, em média, 1,50 litros na avaliação
inicial ou basal e 1,90 litros após 54 semanas. Ambos os dados apresentaram variação
significativa, tanto do ponto de vista estatístico (p = 0,04 para o ACT e p = 0,02 para
o VEF1), quanto do ponto de vista clínico (aumento de mais de três pontos no ACT e
mais de 100 ml no VEF1). Não foi possível avaliar o número de exacerbações. O
estudo está de acordo com os achados prévios na literatura sobre os resultados do
uso de omalizumabe nos pacientes com asma alérgica grave não controlada.
Coleções
Os arquivos de licença a seguir estão associados a este item: