Remoção de poluentes e controle quantitativo de águas pluviais através de biorretenções
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Data
2022-06-28Primeiro membro da banca
Wolff, Delmira Beatriz
Segundo membro da banca
Georgin, Jordana
Terceiro membro da banca
Martins, José Rodolfo Scarati
Quarto membro da banca
Giacomoni, Márcio Hofheinz
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Estudos em coluna de biorretenção são muito utilizados para avaliar o desempenho destas estruturas na remoção de poluentes, e para investigar diferentes concepções de mídia filtrante que aumentem a sua eficiência. No entanto, não há uma padronização, e nem mesmo uma recomendação científica sobre diâmetros de colunas de biorretenções (DCB) adequados, ou mesmo quais as incertezas relacionadas à transferência de resultados entre as diferentes escalas do estudo. Nesse estudo, foi avaliado o efeito do diâmetro de colunas experimentais de biorretenção, com dois tipos de mídia filtrante, na retenção e na remoção de poluentes do escoamento pluvial. Colunas de biorretenção com diâmetros de 400 mm, 300 mm e 200 mm foram submetidas a um regime de dosagem de escoamento pluvial sintético, e avaliadas experimentalmente com relação à retenção do escoamento pluvial e remoção de poluentes (SST, nitrito, nitrato e fosfato). Foram utilizados dois tipos de mídia filtrante, uma convencional (brita, areia e solo local) e uma mídia filtrante modificada (brita, areia, solo local e bagaço de cana-de-açúcar). Os resultados demostram que a retenção de escoamento não foi afetada pelo DCB, mas sim pelo intervalo de tempo entre dosagens de escoamento pluvial. As biorretenções com mídias convencionais foram ligeiramente mais eficientes na retenção do escoamento (34,8%) em relação àquelas com mídia modificada (33,8%). As biorretenções elevaram os valores de pH e condutividade elétrica do escoamento pluvial nos dois tipos de mídia filtrante. Os parâmetros cor e turbidez tiveram decréscimo nas mídias com bagaço de cana-de-açúcar (33,6% e 50%, respectivamente), e acréscimos na mídia convencional (56% e 9,1%, respectivamente). A remoção de SST (98%), nitrito (98%) e fosfato (94%) não apresentou variabilidade entre as biorretenções com diferentes diâmetros e mídias filtrantes. A remoção de nitrato variou entre os tipos de mídia filtrante e, principalmente, entre os DCB. Foi observada exportação de nitrato (-116%) nas colunas de biorretenção com mídia filtrante convencional e com diâmetro de 400 mm, bem como nas colunas com bagaço de cana-de-açúcar (-94.7%). As biorretenções com bagaço de cana-de-açúcar removeram menos nitrato nas colunas de 300 mm (6%) e 200 mm 32,2%) em comparação com as colunas com mídia filtrante convencional (89% e 93%, respectivamente). A adição do bagaço de cana-de-açúcar na mídia filtrante contribuiu para a lixiviação do nitrato e para a rápida saturação da mídia filtrante, afetando a sua eficiência na remoção de poluentes e na retenção do escoamento pluvial. Com relação aos poluentes avaliados, verificou-se o efeito escala das colunas das biorretenções no desempenho da remoção do nitrato, tanto nas biorretenções com mídia filtrante convencional, como nas biorretenções com mídia modificada com bagaço de cana-de-açúcar.
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