Efeito de uma sessão de hipóxia intermitente e sua associação com fluoxetina sobre comportamento e parâmetros bioquímicos em camundongos submetidos ao modelo de contenção aguda
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Data
2022-08-16Primeiro coorientador
Bochi , Guilherme Vargas
Primeiro membro da banca
Zambelli, Vanessa Olzon
Segundo membro da banca
Oliveira, Mauro Schneider
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Mostrar registro completoResumo
Doenças mentais são doenças devastadoras que afetam milhões de pessoas no mundo. A depressão e a ansiedade apresentam significativos custos financeiros e emocionais para os pacientes, familiares e sociedade. Dentre as possíveis causas desses transtornos, encontram-se os agentes estressores psicossociais. Assim, a exposição ao estresse de contenção agudo representa um modelo animal para a indução dos comportamentos do tipo-depressivo e ansioso, permitindo assim estudar a fisiopatologia destes transtornos. Além do pobre entendimento da neurobiologia destes transtornos, o tratamento também é limitado, pois um terço dos pacientes não responde ao tratamento com antidepressivos. Além disso, esses medicamentos possuem diversos efeitos colaterais e podem demorar semanas para surtirem efeitos. Logo, a descoberta e inovação de novos tratamentos/terapias são muito importantes e necessárias. A Hipóxia Intermitente (HI) consiste em um tratamento alternativo não farmacológico que utiliza a respiração com baixa concentração de oxigênio intercalada com períodos normóxia. A HI melhora a resistência geral do organismo, sendo utilizada para pré-aclimatação a altitudes, no esporte e tratamento de várias doenças, dentre elas as desordens mentais. Assim, o objetivo deste estudo foi investigar o potencial ansiolítico e antidepressivo, além de efeitos sobre níveis séricos de corticosterona, parâmetros oxidativos e inflamação, de uma sessão aguda (1 hora, 13% O2) de HI e sua associação com fluoxetina (FLX), em camundongos C57BL/6 submetidos ao modelo de estresse de contenção agudo (ECA) por 6 horas. Para a avaliação dos comportamentos do tipo-ansioso/depressivo foram utilizados o teste de campo aberto (TCA), teste do labirinto em cruz elevado (TLCE), teste de suspensão da cauda (TST) e teste de nado forçado (TNF), que revelaram comportamento do tipo-ansioso. Em relação ao estresse oxidativo, houve diminuição dos níveis de peróxido de hidrogênio (H2O2) com os tratamentos associados em relação ao grupo controle e maior atividade da catalase (CAT) no tratamento FLX em relação a HI, no tecido hipocampal. Os níveis de interleucina IL-17, IL-6 e IFN-γ aumentaram após o protocolo de ECA. Todos os tratamentos reverteram os níveis de IFN-γ, IL17, IL-2 e TNF-α. Os níveis de IL-6 foram alterados pelo tratamento com HI+FLX. Os resultados apresentados neste trabalho demonstram que o ECA foi insuficiente para induzir comportamento do tipo-depressivo e que apenas 1 hora de HI e/ou sua associação com fluoxetina não reverteu o comportamento do tipo ansioso, mas induziu alterações nos parâmetros oxidativos e apresentou efeito anti-inflamatório.
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