Plantas daninhas na silvicultura de Eucalyptus grandis x Eucalyptus urophylla: biomassa e nutrientes
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Data
2022-08-01Primeiro coorientador
Araújo, Maristela Machado de
Primeiro membro da banca
Caldeira, Marcos Vinicius Winckler
Segundo membro da banca
Correa, Robson Schaff
Terceiro membro da banca
Calil, Francine Neves
Quarto membro da banca
Viera, Márcio
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A determinação do período de convivência das plantas daninhas com a cultura do eucalipto auxilia no manejo integrado da matocompetição, atuando como uma eficiente ferramenta que reduz o uso de herbicidas e os custos econômicos e ambientais. Assim sendo, os objetivos do presente estudo são determinar o período de convivência de um híbrido de Eucalyptus grandis x Eucalyptus urophylla com as plantas daninhas, avaliando o impacto na produção de biomassa, nos teores e no estoque de macro e micronutrientes. O experimento foi conduzido no Bioma Pampa, no município de Candiota - RS, e obedeceu ao delineamento de Blocos ao Acaso, com três repetições. Para o eucalipto, os tratamentos constam de períodos crescentes de convivência ou de controle com as plantas daninhas. Para as plantas daninhas os tratamentos considerados foram as fases de desenvolvimento das mesmas, que foram divididas em 3 estágios (1, 2 e 3) respectivamente. A biomassa total do eucalipto no tratamento sempre em convivência foi de 53,7 Mg ha-1 e no tratamento de controle até os 168 dias foi de 81,4 Mg ha-1. Essa redução foi na ordem de 34%. Recomendase que do 56º ao 140º dia, período crítico de prevenção à interferência (PCPI), mantenha-se a cultura do eucalipto livre da convivência com as plantas daninhas. O período total de prevenção à interferência (PTPI), foi 140 dias. A manutenção das plantas daninhas por todo o período promove significativa redução na produção de biomassa total e de madeira do eucalipto. A maior eficiência de utilização de nutrientes (EUN) foi observada na madeira. A quantidade total de biomassa de plantas daninhas durante os 3 estágios foi de 35,2 Mg ha-1, seguindo a seguinte ordem em relação as diferentes espécies: Eragrostis pilosa (29,9 %) > Baccharis coridifolia (18,1 %) > Paspalum sp. (9,8 %) > Senecio sp. (8,0 %) > Aspilia montevidensis (7,7 %) > Lolium multiflorum (7,0 %) > Sporobolus sp. (6,1 %) > Erianthus angustifolius (5,5 %) > Conyza bonariensis (4,0%) > Cynodon dactylon (3,9 %). A fase 3 de desenvolvimento diferiu estatisticamente das demais e representou 63% e 60% dos macro e micronutrientes totais alocados na biomassa. As análises estatísticas mostram que a produção de biomassa de plantas daninhas possui um comportamento sazonal, sendo a fase 3 de desenvolvimento, responsável por mais da metade (54,8 %) de toda biomassa quantificada, seguida pela fase 2 (30,6 %) e 1 (14,6 %).
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