Uso de mapas afetivos coletivos para análise de saúde do território de um município do interior do Rio Grande do Sul
Resumo
A integração da Atenção Primária em Saúde (APS) com a Vigilância em Saúde se torna imprescindível para o reconhecimento do território, da população e da dinâmica social existente. Dessa forma, é necessário que se reúnam informações demográficas, socioeconômicas, políticos-culturais, epidemiológicas e sanitárias, assim, tornar possível identificar e analisar os problemas, os perfis epidemiológicos e as necessidades de saúde das pessoas. Com base nesse propósito, a pesquisa teve como objetivo realizar uma análise de saúde do território de um município do interior do Rio Grande do Sul pela percepção dos jovens estudantes de uma escola. Diante disso, foi utilizada a metodologia de Estimativa Rápida Participativa (ERP) utilizando mapas afetivos coletivos como instrumento para coleta de dados para realizar a análise de saúde do território. Participaram dessa pesquisa qualitativa 140 jovens estudantes da escola, de ambos os sexos, do 5° ao 9° ano, incluindo o EJA. Dessa maneira, conseguimos formular 20 mapas afetivos coletivos, os quais os jovens puderam descrever as potencialidades e não potencialidades do território, por meio de desenhos e escrita, dentre eles sentimentos. Sendo representado na maioria, a violência, poluição, preconceito e drogadição como fatores que desfavorecem a vida desses jovens. A reorganização e integração da APS com a vigilância favorecem novas relações e práticas de trabalho em todos os níveis de assistência, trazendo assim um processo contínuo, dando visibilidade às condições e necessidades de saúde-doença no território, no sentido de ajudar a emergir uma atenção de qualidade e, consequentemente, um SUS fortalecido.
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