Efeitos do extrato bruto de Sida rhombifolia L. sobre marcadores de toxicidade em diferentes modelos experimentais
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Data
2022-08-23Primeiro membro da banca
Baldisserotto, Bernardo
Segundo membro da banca
Cadoná, Francine Carla
Terceiro membro da banca
Cruz , Ivana Beatrice Mânica da
Quarto membro da banca
Machado, Michel Mansur
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O uso de plantas medicinais está em ascensão por diferentes motivos, desde uma busca pela saúde como um todo, prevenção de doenças e manutenção do bem-estar, vitalidade e qualidade de vida. Sida rhombifolia (Malvaceae), uma planta conhecida pelo nome de guanxuma, é usada popularmente para o tratamento de diferentes condições patológicas. Entretanto, existe uma carência de estudos que identificam suas moléculas bioativas e validem suas potenciais propriedades farmacológicas. Assim, o objetivo deste trabalho foi produzir e determinar a constituição fitoquímica do extrato bruto das partes aéreas de S. rhombifolia (EBSR), avaliar sua segurança em modelos de citoxicidade, toxicidade aguda e de doses repetidas – 28 dias, atividades antibacterianas e antitumorais. A obtenção de EBSR se deu por meio de maceração hidroalcoólica 70% e sua composição foi determinada por análises fitoquímicas e cromatografia líquida de alta eficiência acoplado à espectrometria de massas e detector de diodos (HPLC-DADMS). A investigação da toxicidade in vitro foi realizada em células mononucleares de sangue periférico (PBMCs) de humanos. Os estudos da atividade antitumoral foram realizados por meio de teste de viabilidade celular. A avaliação da toxicidade in vivo aguda e em doses repetidas foi realizada em ratos Wistar e desenvolvida de acordo com os protocolos da Organização para Cooperação Econômica e Desenvolvimento (OECD), com as doses de 2000 mg/kg para avaliação da toxicidade aguda e 150, 300 e 600 mg/kg para toxicidade de doses repetidas. A análise do EBSR demonstrou a presença de ácido cafeico, cumarina e rutina em sua composição. As PBMCs expostas ao EBSR mantiveram-se viáveis nas concentrações de 75 e 125 µg/mL. Com relação a atividade antitumoral, EBSR apresentou uma capacidade de reduzir em 50% (IC50) de 478,63; 587,48; e 637,07 µg/mL as células de câncer cervical (Hela), mama (MCF-7), melanoma (A375), respectivamente e teve ação na diminuição significativa da viabilidade celular nas concentrações de EBSR a partir da dose de 75 µg/mL. O EBSR não causou mortalidade nem alterações comportamentais em ambos os modelos experimentais de avaliação da toxicidade in vivo. Já nos experimentos de doses repetidas tanto os marcadores hematológicos quanto bioquímicos ficaram dentro dos valores de referência para a espécie. Em ambos os casos, a grande maioria dos marcadores de toxicidade permaneceram inalterados, o que sugere a manutenção da homeostase nos animais e isenção de toxicidade causada pela administração de EBSR. Logo, o EBSR mostrou-se seguro para administração in vivo nas doses analisadas.
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