O mito da extensão universitária e suas lógicas institucionais na UFSM
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Data
2022-12-16Primeiro membro da banca
Lock, Fernando do Nascimento
Segundo membro da banca
Zuccolotto, Robson
Metadata
Mostrar registro completoResumo
No campo do ensino superior as universidades atuam em três funções que são a expressão de
mitos racionalizados: o ensino, a pesquisa e a extensão. A extensão não apresenta clareza
conceitual e com frequência não é compreendida dentro das universidades. Para entender esse
conflito entre o mito racionalizado e a materialização da extensão, parte-se do pressuposto de
que existam diferentes lógicas institucionais, nas diferentes áreas de difusão do conhecimento.
Esta pesquisa tem como objetivo descrever as ambiguidades entre os símbolos e práticas de
extensão contemplados nos projetos das diferentes áreas do conhecimento na UFSM no
período de 2019 a 2021. A pesquisa é um estudo de caso e, para atingir o seu objetivo, foi
utilizado um método de captura das lógicas institucionais por meio de técnicas de análise
lexicográfica clássica, nuvem de palavras, classificação hierárquica descendente, análise
fatorial de correspondência, com ferramentas de software e análise de conteúdo por meio de
codificação com utilização de tabelas de contingência. O mito racionalizado por meio de uma
lógica idealizada na política de extensão trata o campo universitário como um bloco
monolítico e lhe impõe condições necessárias à mudança institucional que estão fracamente
contempladas nos projetos revelando a ambiguidade entre símbolos e práticas. Por outro lado
foram capturadas três lógicas institucionais distintas, ou seja, uma lógica extensionista
formadora; uma lógica extensionista empoderadora e uma lógica extensionista contratante que
se mostraram coerentes com as tendências extensionistas tradicionais da escola europeia, de
Córdoba e norte-americana, respectivamente. A mudança idealizada pela UFSM demanda
mais trabalho institucional para que se torne realidade, bem como, consideração pelas
diferentes lógicas dominantes na sua política de extensão.
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