Aprendizagem docente em tempos de pandemia: a produção de práticas pedagógicas em educação especial
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Data
2022-12-15Primeiro membro da banca
Silva, Mayara da Costa
Segundo membro da banca
Castro, Sabrina Fernandes de
Metadata
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Esta pesquisa foi desenvolvida no âmbito do Programa de Pós-Graduação em
Educação, Linha de Pesquisa Educação Especial, Inclusão e Diferença. Vincula-se às
investigações produzidas no Núcleo de Estudos e Pesquisa sobre Escolarização e
Inclusão - NUEPEI/UFSM. Em 11 de março de 2020, a Organização Mundial da
Saúde caracterizou a Covid-19 como pandemia. As regras do Distanciamento Social,
desafiaram a educação que adotou o Ensino Remoto Emergencial (ERE) como
alternativa (temporária) para manter a escola funcionando diante do contexto de
excepcionalidade. Nesse contexto, o ensino, mediado por tecnologias, apresentou
novos desafios aos professores de educação especial e aos seus alunos. A pesquisa
busca compreender os efeitos do ensino remoto nas práticas pedagógicas do
professor de educação especial durante a pandemia da Covid-19, considerando o
período de distanciamento social e o retorno ao ensino presencial. Trata-se de
pesquisa qualitativa de cunho descritiva: os dados foram produzidos em entrevistas
semiestruturadas. Fizeram parte da pesquisa dez professores de educação especial
da Rede Municipal de Ensino de Santa Maria, que atuam no Atendimento Educacional
Especializado (AEE). A produção analítica do material empírico foi a análise de
conteúdo de Bardin (2016). O referencial inclui teóricos como: Morin (2000, 2021),
Santos (2020), Freire (1978a, 1978b, 1983,1996, 2016), Tardif (2002), Meirieu (1998,
2002, 2005), Capellini; Zanata; Pereira (2008), Capellini; Zerbato (2019), Nóvoa (1991,
1995, 2020,2022), Moran (2010). A análise foi realizada a partir de quatro categorias:
Desafios na prática pedagógica: do ensino remoto à presencialidade; AEE, Ensino
Comum e Família: Ações Colaborativas; O Atendimento Educacional Especializado
no ensino remoto emergencial: recursos e estratégias necessárias para composição
da prática; e Processos reflexivos sobre a prática pedagógica. Constatou-se que os
desafios no ERE estiveram ligados: à dimensão de acesso aos recursos tecnológicos,
à imperícia para uso destas ferramentas e em acompanhar a trajetória de
aprendizagem do aluno; no retorno presencial o desafio foi o aluno retomar a rotina
escolar; as ações colaborativas que houveram no ensino remoto, entre o AEE e
professor da sala comum não se consolidaram no retorno presencial; o apoio mútuo,
que houve no ensino remoto entre o AEE e as famílias, se mantiveram no retorno das
atividades presenciais; foi consenso que as tecnologias, enquanto ferramentas de
ensino, podem agregar significativamente ao processo de aprendizagem, neste
aspecto, declararam que pretendem acessá-las com mais regularidade à sua prática
pedagógica.
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