Contribuições à taxonomia do complexo Chascolytrum subaristatum (Lam.) Desv. x Chascolytrum erectum (Lam.) Desv. (Poaceae, Pooideae, Poeae, Calothecinae)
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Data
2023-02-09Primeiro coorientador
Essi, Liliana
Primeiro membro da banca
Pelegrin, Carla Maria Garlet de
Segundo membro da banca
Chies, Tatiana Teixeira de Souza
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Apesar de uma distinção morfológica geral dentro da subtribo Calothecinae, a taxonomia de
Chascolytrum ainda se mostra desafiadora. A compreensão das espécies no gênero vem sendo
prejudicada, principalmente, pela sobreposição das características morfológicas florais,
levando a diferentes tratamentos taxonômicos, especialmente quando falamos da relação entre
Chascolytrum subaristatum e Chascolytrum erectum, que variam em tamanho e coloração das
espiguetas. Os estudos moleculares se mantêm controversos, onde as duas espécies já foram
sinonimizadas e posteriormente distinguidas. Além dos dados moleculares, determinou-se que
o ápice das folhas e a estrutura radicular também podem auxiliar na identificação, porém
devido à ampla distribuição das espécies, é possível que estes caracteres sofram alguma
influência ambiental, e órgãos reprodutivos podem ser mais estáveis. Portanto, se objetivou
analisar, comparativamente, aspectos estruturais relativos ao carpelo e rudimento seminal e
avaliar morfometricamente as características florais a fim de fornecer caracteres adicionais
para uma revisão dos limites entre os dois táxons. Também, analisou-se quais componentes
edáficos possam contribuir para a variação morfológica dos indivíduos. Para isso, foram
coletados 15 indivíduos de cada população. As inflorescências foram fixadas para posterior
dissecação para análise morfométrica e processadas de acordo com métodos usuais para
microscopia. Foram observadas características qualitativas e, para as medições, foram
determinados 11 caracteres quantitativos referentes às estruturas florais e cinco eixos e duas
áreas para o carpelo e rudimento seminal. Os órgãos vegetativos foram coletados para análise
química e física do tecido vegetal, assim como amostras de solo referente a cada indivíduo.
Todos os caracteres estruturais do carpelo e rudimento seminal respeitam o padrão de variação
para Pooideae, exceto a presença de três camadas no tegumento interno na porção basal na
região próxima à extremidade calazal e a presença de quatro camadas de células no polo distal
da parede dorsal do ovário, que foram descritas pela primeira vez na subfamília. Supõem-se
que os caracteres qualitativos, antes utilizados para diferenciar as duas espécies, como
coloração das espiguetas, possam ser influenciados pelas características edáficas, assim como
os caracteres que influenciam no tamanho total da flor, como comprimento da inflorescência,
comprimento do lema e comprimento das glumas, podendo ser bons marcadores
populacionais.
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