Trajetórias e identidades de mulheres no MST no Assentamento Rondinha - Jóia/RS
Resumo
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) é imprescindível para a
compreensão e análise dos movimentos sociais rurais e suas estruturas de ação, de
organização e de formação política. Logo, o presente trabalho tem como objetivo analisar as
identidades coletivas e individuais das mulheres militantes assentadas do MST, buscando
compreender, a partir de suas trajetórias, como a identidade das mulheres é construída ao
longo de sua trajetória de luta pela terra e em assentamento de Reforma Agrária vinculado ao
MST. A metodologia foi a pesquisa qualitativa e foi operacionalizada com a abordagem
teórico metodológica da Análise de Trajetória, com realização de observação participante,
entrevistas semiestruturadas com mulheres assentadas em Rondinha (Jóia/RS). Assim, através
da pesquisa, foi possível perceber que as trajetórias e identidade dessas mulheres de Rondinha
estão inseridas na lógica campesina e de gênero. Os relatos das mulheres entrevistadas
indicam os papéis e as violências de gênero enquanto obstáculos para uma reprodução da
identidade da mulher Sem Terra, que teve início, para elas, a partir dos acampamentos.
Portanto, evidencia a lógica dos papéis de gênero enquanto fator crucial das relações
campesinas e de poder, como forma de perpetuar as desigualdades e violências de gênero,
principalmente para as mulheres.
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