Futebol feminino: componentes corporais, desempenho físico, ansiedade e Covid-19. Perfil e possível associação entre as variáveis
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Data
2023-04-27Primeiro membro da banca
Lanferdini, Fábio Juner
Segundo membro da banca
Pasquarelli, Bruno Natale
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O futebol é um dos desportos mais populares do mundo e as atletas femininas têm
conquistado seu espaço nesta modalidade, sendo reconhecidas mundialmente. O
desempenho atlético é decorrente de aspectos multifatoriais e com a pandemia da COVID19, o impacto que o vírus pode causar no desempenho atlético ainda não está bem
estabelecido. Sendo assim, objetiva-se com o presente estudo analisar as possíveis relações
entre os sinais e sintomas da COVID-19 e os níveis de ansiedade, capacidade aeróbica, massa
muscular e potência de MMII de atletas profissionais de futebol feminino. Trata-se de um
estudo transversal, retrospectivo e analítico. O grupo de estudo foi composto por 129 atletas
de futebol feminino que atuam profissionalmente no meio desportivo nacional e
internacional. Os dados de composição corporal, de potência de membros inferiores e de
capacidade aeróbica foram obtidos a partir do banco de dados fornecido pelos clubes e os
dados referentes aos sinais e sintomas da COVID-19 e ansiedade foram obtidos através de
um questionário online. Foi utilizado o Coeficiente de Correlação linear de Pearson e
Spearman. Todas as análises foram realizadas com o Statistical Package for de Social
Sciences (SPSS), versão 22.0, adotando-se um nível de significância de 5%. Houve uma
correlação positiva apenas entre a ansiedade traço e os sinais e sintomas da COVID-19 em
atletas de futebol feminino. Destacaram-se os seguintes sinais e sintomas da COVID-19:
febre, fadiga, congestão nasal e dor de cabeça, persistindo por mais de 15 dias, a fadiga e a
hiposmia. A maioria das atletas permaneceu afastada entre 10 a 12 dias, entretanto, duas
atletas ficaram 1 ano afastadas do treinamento. A maioria das atletas relatou sentir-se bem
fisicamente para retornar aos treinos após este período, e, das atletas que não se sentiram
bem, a principal queixa foi o cansaço, seguido da falta de ar e da fadiga muscular. Apesar
da maior parte das atletas relatarem não estar com medo, ansiosas ou nervosas para
retornarem às atividades, elas não se apresentaram com uma expectativa alta ou motivadas
para voltarem a jogar. Contatou-se que as atletas investigadas apresentaram uma ansiedade
estado considerada média (maioria) e uma ansiedade traço considerada alta (maioria); uma
capacidade aeróbica (maioria) “boa” ou “excelente”; e uma potência de MMII condizentes
com resultados de atletas profissionais da modalidade. Observou-se ainda que os sinais e
sintomas da COVID-19 apresentam relação apenas com a ansiedade traço, não havendo
nenhuma relação com a ansiedade estado, com a potência de MMII e com a capacidade
aeróbica.
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