Análise da capacidade de adsorção de corantes em microplásticos de poliamida
Resumo
Os termoplásticos são materiais amplamente utilizados para inúmeras funções na sociedade atual, sendo que as suas propriedades possibilitaram suprir diversas demandas, tornando a sua fabricação necessária. Porém a alta produção associada ao descarte irregular destes materiais provocaram grande preocupação mundial, visto que eles são desenvolvidos com aditivos que aumentam a sua resistência, ao mesmo passo em que sofrem degradações ao longo do tempo, que reduzem o seu tamanho e podem alterar as suas propriedades. Quando descartados no ambiente, os termoplásticos são expostos a diferentes fatores que provocam a sua degradação, transformando-os em microplásticos e facilitando a sua disseminação para os mais distantes locais e diferentes biotas, o que resultou na onipresença dos microplásticos em nosso planeta. Associado a isso, implica-se a capacidade de adsorção dos microplásticos que possibilita que eles carreguem diferentes compostos na sua interface, com ênfase nos compostos tóxicos e poluentes. Um poluente emergente que se destaca é o corante, por ser muito utilizado em diversos setores industriais e ser comumente despejado em seus efluentes. Quando em ambientes aquáticos, os corantes podem causar toxicidade aos organismos e a eutrofização das águas, reduzindo o oxigênio dissolvido e a passagem da luz, além de apresentarem potencial carcinogênico. Dessa forma, este trabalho de conclusão de curso objetivou analisar a capacidade de adsorção de corantes alimentícios em contato com microplásticos de Poliamida para avaliar a capacidade de transporte que estes MPs podem apresentar. A metodologia experimental foi baseada na literatura, sendo realizadas análises de DRX, FTIR e MEV, além de ensaios para a elaboração da cinética de adsorção que possibilitaram encontrar o modelo mais adequado para a reação ocorrida, comparando os resultados entre os modelos de pseudo-primeira ordem, pseudo-segunda ordem e difusão intrapartícula. Verificou-se que os microplásticos de PA demonstraram maior capacidade adsortiva para o corante Ponceau, quando comparado com o Tartrazina, indicando uma ligação mais forte entre estes e um período de aproximadamente 2880 minutos de contato agitado para iniciar o equilíbrio, dependente da quantidade de microplástico utilizada. Foi verificado também que o modelo cinético de pseudo-segunda ordem se mostrou mais adequado para a reação ocorrida.
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