Diretrizes para avaliação de ruído de tráfego rodoviário visando a elaboração de mapas de ruído
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Data
2023-08-10Primeiro coorientador
Melo , Viviane Suzey Gomes de
Primeiro membro da banca
Paixão, Dinara Xavier da
Segundo membro da banca
Gonçalves, Elisabeth de Albuquerque Cavalcanti Duarte
Terceiro membro da banca
Michalsk, Ranny Loureiro Xavier Nascimento
Quarto membro da banca
Bertoli, Stelamaris Rolla
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O crescimento das cidades e dos veículos motorizados têm ocasionado um aumento
significativo do ruído urbano. Diante disso, é importante avaliar os níveis sonoros nos meios
urbanos e implementar medidas adequadas de controle de ruído. Uma ferramenta útil nesse
processo é o mapa de ruído, que representa cartograficamente a distribuição do ruído em uma
determinada área em um período de tempo. Alguns países não possuem um modelo de predição
de ruído local, o que dificulta a padronização da elaboração de mapas de ruído. Assim, este
estudo tem como objetivo propor diretrizes para a realização do mapeamento de ruído em
diferentes usos e ocupações do solo para as cidades brasileiras, uma vez que não se dispõe de
um modelo brasileiro padronizado. Para isso, foram realizadas a medição, coleta e análise dos
dados de tráfego rodoviário, dos níveis sonoros, das condicionantes físico-ambientais e das
simulações de mapas de ruído realizados no SoundPLAN. Também faz parte do procedimento
metodológico desta pesquisa identificar, selecionar, avaliar e sintetizar informações, por meio
de uma revisão sistemática da literatura, sobre o uso de diferentes modelos de predição de ruído
em países que não possuem um modelo local. Os artigos compilados pela revisão sistemática
da literatura mostraram que os modelos de predição de ruído de tráfego mais utilizados foram
o RLS-90 e o NMPB, e os programas de mapeamento mais usados foram o SoundPLAN e o
ArcGIS. A maioria dos estudos realizaram medições sonoras durante 15 minutos, a uma altura
de 1,5 metros do nível do solo. A partir dos resultados obtidos das medições e simulações na
cidade de Santa Maria/RS, verificou-se que o modelo RLS-90 apresentou maior precisão. Para
vias arteriais, coletoras e locais, foi identificado que o tempo de contagem veicular pode ser
igual ao tempo de medição do nível sonoro, exceto para vias locais com tráfego intenso de
veículos. Em situações que envolvam vias inclinadas e semáforos, é necessário realizar
medições com tempo de duração igual ou superior ao ponto de desaceleração veicular. Quanto
à otimização do tempo de medição do ruído em função do afastamento do cruzamento,
verificou-se que, para revestimentos asfálticos, as medições podem ser efetuadas com uma
duração de 10 minutos a 20 minutos para distâncias de 40 metros, para locais com zoneamento
predominantemente residencial e comercial, respectivamente. Em revestimentos de blocos de
concreto recomenda-se a realização de medições sonoras com duração de 30 minutos para
distâncias superiores a 10 metros. Para ruas inclinadas, recomenda-se a medição dos níveis
sonoros nos locais de aceleração veicular em pavimentos asfálticos, independentemente do uso
e ocupação do solo. Para ruas inclinadas com blocos intertravados de concreto, as medições de
nível de pressão sonora mais elevadas tendem a ocorrer no local de maior fluxo total de
veículos. Para diferentes afastamentos do cruzamento, é indicado realizar medições sonoras em
distâncias superiores a 40 metros, independentemente do uso do solo, da ocupação e do tipo de
pavimentação. Como resultado, este estudo destina-se a contribuir para a padronização do
mapeamento sonoro para diferentes cenários urbanos, fornecendo dados essenciais para o
planejamento urbano, visando a melhoria da qualidade de vida da população.
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