Aspectos psicoemocionais e funcionais de indivíduos com síndrome pós-Covid-19
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Data
2023-11-10Primeiro coorientador
Pasqualoto, Adriane Schmidt
Primeiro membro da banca
Mateus, Ana Lucia Souza Silva ,
Segundo membro da banca
Dalenogare, Jéssica Franco
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O vírus SARS-CoV-2, agente etiológico da COVID-19, foi detectado primeiramente em dezembro de 2019, na cidade de Wuhan, na China. Sendo altamente transmissível e em março de 2020, a Organização Mundial de Saúde, declarou oficialmente uma nova Pandemia. Apesar de a doença atingir adultos jovens e saudáveis de forma leve, existem diversos fatores de risco que estão associados ao agravamento da mesma. Esse estudo tem por objetivo verificar os aspectos psicoemocionais e funcionais de pacientes com síndrome pós-COVID-19. Trata-se de um estudo transversal, realizado no ambulatório de Reabilitação pós-COVID-19 do Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM), no período de junho de 2020 a dezembro de 2021. Do prontuário eletrônico foram coletados os dados clínicos, internação, sintomas e comorbidades. Todos foram avaliados pelos instrumentos: Escala Hospitalar para Ansiedade e Depressão (HADS), Força de Preensão Manual (FPM), Teste de caminhada de seis minutos (TC6). Foram incluídos 68 indivíduos, média de idade de 52,6 (±13,6) anos, de ambos os sexos, encaminhados ao referido ambulatório e estratificados pelo índice de massa corporal (IMC) em normal (n=4); sobrepeso (n=20) e obesidade (n=44). Entre os pacientes, 42,6% foram classificados como prováveis para ansiedade e depressão, entre as 32 mulheres avaliadas 12,5% e entre os 36 homens 19,4% receberam o diagnóstico de fraqueza muscular. Entre os pacientes 57,4% foram considerados com capacidade funcional de leve e moderadamente reduzida. Entre os obesos 47,7% e entre os eutróficos 75,0% foram classificados, respectivamente, como prováveis e improváveis para ansiedade e depressão. A FPM foi prevalente entre as mulheres (100,0%) e entre os homens (71,4%) obesos. A escala de HADS apresentou associação com o gênero (p < 0,001), com a presença de cefaleia (p = 0,023), o tabagismo prévio (p = 0,023) e alterações no padrão de sono (p < 0,001). O desempenho no TC6m foi associado ao paciente ter dispneia (p=0,024). Conclui-se portanto, que há relevância em acompanhar os pacientes que tentam recuperar a independência e saúde mental, fragilizados pelo processo do adoecimento e apresentam importantes sequelas, especialmente aqueles que necessitaram de internação hospitalar.
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