A polinização e as abelhas: uma sequência didática para o ensino de ciências nos anos iniciais do ensino fundamental
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Data
2023-11-30Primeiro membro da banca
Chitolina, Maria Rosa
Segundo membro da banca
Oleques, Luciane Carvalho
Metadata
Mostrar registro completoResumo
EnsinarCiências para as crianças é possibilitar que elas explorem o meio em que vivem. Por esse
viés, o ambiente escolar deve ser estimulante e possibilitar essa interação, devendo estar
respaldado em uma proposta de construção de conhecimento, estimulando a reflexão e a
discussão. Esta dissertação objetivou investigar, por meio de uma sequência de atividades em
diferentes espaços educativos, a construção do conhecimento acerca da importância das abelhas
no processo de polinização com estudantes dos Anos Iniciais. A pesquisa teve uma abordagem
qualitativa e o procedimento adotado foi um estudo de caso. Foi desenvolvida com 89 alunos
do 2º ao 5º ano do ensino fundamental, de uma escola pública do interior do estado do Rio
Grande do Sul – Brasil. A etapa inicial que envolveu o estudo das concepções prévias dos alunos
contribuiu para a elaboração de uma Sequência Didática (SD) sobre polinização e a importância
das abelhas. Para este estudo, utilizou-se um questionário semiestruturado, e para a validação
da SD foram utilizadas notas de campo e desenhos desenvolvidos durante as atividades, que
foram submetidos a categorização a posteriori. Os resultados iniciais das concepções prévias
sinalizaram fragmentações sobre a temática. Os alunos relacionam as abelhas com à produção
de mel, capacidade de picarem e fazerem pólen, em suas falas e em suas respostas,
manifestaram não apresentar distinção entre o mel, o pólen e o néctar. Em relação ao pólen,
responderam que não sabiam, e ainda descrevem ser a parte amarela ou coisa da flor que as
abelhas pegam para fazer mel. Sobre a polinização os alunos evidenciaram não saber o que
pensar sobre polinização. Ao mostrarmos imagens de polinizadores nas flores os alunos se
referem a alimentação, mas não à polinização. Os mesmos tiveram dificuldade de identificar
alguns agentes polinizadores, ao fato de estarem se alimentando e polinizando, como foi o caso
da mosca varejeira na flor. Em relação ao processo de polinização inferem que não possuem a
menor ideia de como acontece, e alguns alunos tentaram construir alguma ideia de associação
“abelhas pegando pólen para fazer mel”. Após a Sequência Didática desenvolvida, em
diferentes espaços educativos, os alunos destacaram a Trilha da Polinização como atividade de
maior relevância, visto que esta foi aplicada em ambiente natural. A análise dos desenhos sobre
polinização mostrou, de forma significativa que os alunos do 2º e 3º ano, reconheceram o
processo de polinização de forma mais simples, porém adequada para a faixa etária, e os alunos
do 4º e 5º ano demonstram a compreensão do processo de polinização, reprodução e formação
de frutos. Sobre agentes polinizadores e as abelhas, após as atividades, os alunos conseguiram
apontar diferentes tipos, como por exemplo: beija-flor, borboleta, vespa, mosca, morcego e
principalmente as abelhas. Ainda, apontaram a importância dos polinizadores. Os estudantes
enfatizaram a importância das abelhas, demonstrando compreender a relevância desses insetos
para o ecossistema. Os dados indicaram uma possibilidade real e consistente de vantagens ao
conhecer as concepções prévias dos alunos para desenvolver sequências didáticas voltadas para
os Anos Iniciais do Ensino Fundamental como mediadoras da aprendizagem no ensino de
Ciências.
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