Emissão de óxido nitroso e atributos físicos, químicos e biológicos de um argissolo com histórico de adubação com composto de pó de tabaco
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Data
2024-01-19Primeiro membro da banca
Schú, Adriane Luiza
Segundo membro da banca
Miola, Ezequiel Cesar Carvalho
Terceiro membro da banca
Pilecco, Getúlio Elias
Quarto membro da banca
Silva, Leandro Souza da
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O composto de pó de tabaco produzido por fermentação em estado sólido (FES) de resíduos gerados nas indústrias fumageiras tem sido utilizado em cultivos agrícolas em regiões no Sul do Brasil. Entretanto, por se tratar de uma prática recente, são escassos os estudos envolvendo o uso do composto de pó de tabaco. Além disso, os estudos existentes tratam apenas da sua utilização como fertilizante agrícola, sendo que nenhum relato foi encontrado sobre os impactos do composto sobre os atributos do solo e a qualidade ambiental. Nessa perspectiva, o objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito de sucessivas aplicações de diferentes doses de composto de pó de tabaco e fertilizante mineral (NPK) sobre a produção de plantas, emissão de óxido nitroso (N2O) e atributos físicos, químicos e biológicos do solo. O estudo constou de uma sucessão trigo/milho/aveia implantada após três aplicações sucessivas de três diferentes doses de composto de pó de tabaco e da adubação mineral (NPK). No trigo e no milho, os tratamentos constaram da reaplicação das três doses de composto e do NPK e do efeito residual desses tratamentos, além de um tratamento controle e um com a primeira aplicação do composto. As doses foram calculadas para suprir o equivalente a 50, 100 e 200% do N fornecido com a ureia no tratamento NPK. No trigo e no milho, foram avaliadas a produtividade, o acúmulo de N e a emissão de N2O. Após a colheita do milho, que havia recebido a quinta aplicação do composto e do NPK, foram avaliados atributos físicos, químicos e biológicos do solo na camada 0 a 5 e 5 a 10 cm de profundidade, e a produção e acúmulo de N na aveia preta. No trigo a produtividade de grãos não diferiu entre a reaplicação das três doses de composto. Já no milho a produtividade e o N acumulado aumentaram com aumento da dose de composto reaplicada. A produtividade dos dois cultivos não diferiu com a reaplicação da dose de 100% do composto e do NPK. Diferente do NPK, o composto, nas maiores doses (100 e 200%) apresentou efeito residual positivo sobre a produtividade de grãos e o N acumulado nos dois cultivos. A reaplicação do composto aumentou a emissão de N2O em relação à adubação mineral e o aumento foi relacionado à dose aplicada: porém, o fator de emissão (FE) e a emissão em escala de rendimento, em geral, foram semelhantes entre as duas doses. O residual do composto não aumentou as emissões de N2O; portanto, não impactou no FE de N2O. As sucessivas adições das duas maiores doses de composto (72 e 144 Mg ha-1) aumentaram os estoques de C e de N, a fertilidade do solo, a atividade biológica, a agregação, a porosidade, a condutividade hidráulica saturada e a taxa de infiltração de água, atributos que se correlacionaram positivamente com a produção e acúmulo de N na aveia preta.
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