Manejo da umidade relativa do ar durante o armazenamento e sua relação com o amadurecimento e distúrbios fisiológicos em frutas
Resumo
Muitos fatores influenciam a ocorrência de distúrbios fisiológicos em frutas armazenadas,
entre estes a umidade relativa (UR) é um dos principais. A UR baixa desidrata os frutos e alta
pode causar distúrbios fisiológicos. Diante disso, para melhorar a determinação e o controle
da umidade durante o armazenamento, foram conduzidos experimentos com maçãs, pêssegos,
uva, goiaba e tangor Murcott com os objetivos de: quantificar o nível adequado de perda de
massa para obter a melhor qualidade pós-armazenamento destes frutos; quantificar a perda de
massa de maçãs, pêssegos e outras frutas em função da umidade relativa em que ficaram
expostos. Segundo os resultados, em maçãs Royal Gala a indução da perda de massa de 4%
nos primeiros 30 dias (inicial) ou durante todo o período (linear) de armazenamento evita a
ocorrência de distúrbios fisiológicos. Em maçãs Fuji , o desenvolvimento da degenerescência
e rachadura de polpa, ocorre com maior frequência, quando os frutos são acondicionados em
umidade relativa alta, maior que 95%. Em pêssegos Eragil , armazenados durante 21 dias na
temperatura -0,5°C e perda de massa de 4, 5, 6 e 7%, foi constatado que o aumento na perda
de massa promove aumento na firmeza de polpa, lanosidade e redução na suculência. Além
disso, nas condições de armazenamento utilizadas na execução do experimento, a intensidade
de perda de massa diária das espécies é crescente na seguinte ordem: maçã, uva, tangor
Murcott , goiaba e pessêgo.