Estigma e violência: as faces da racialização em processos criminais no pós-abolição em Santa Maria – RS (1920 – 1925)
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Data
2024-10-11Primeiro membro da banca
Farinatti, Luís Augusto Ebling
Segundo membro da banca
Moreira, Paulo Roberto Staudt
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Este trabalho estuda a racialização no município de Santa Maria – RS no pós-abolição, em situações em que ela se relaciona com o estigma e a violência. As fontes utilizadas foram alguns textos publicados na Revista Commemorativa do Primeiro Centenario da Fundação da Cidade de Santa Maria (1914), e, principalmente, processos criminais da Comarca de Santa Maria, disponíveis no Arquivo Histórico Municipal de Santa Maria (AHMSM), datados entre os anos 1920 e 1925. Os processos crime são uma fonte privilegiada para o tipo de análise aqui proposta, na medida em que neles se faz presente a estigmatização e a racialização revestidas de conhecimento técnico científico em que se baseia a polícia e a justiça. Além disso, os processos crime também nos possibilitam acessar falas e o cotidiano dos subalternos, nos quais situações em que a racialização se faz presente emergem com frequência. Os processos-crime foram divididos com base nas categorias “estigma” e “violência”, e analisados utilizando a metodologia proposta por Barth (1981) em diálogo com E. P. Thompson e G. Levi. Dessa forma, foi possível analisar as formas e finalidades com que a racialização é utilizada pelos indivíduos como recurso para a maximização de ganhos em situações de disputa, bem como a sua relação de retroalimentação com o racismo estrutural.
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