Utilização de um método ex vivo para avaliação do impacto de micotoxinas e eficácia de aditivos antimicotoxinas em suínos
Visualizar/ Abrir
Data
2024-11-29Primeiro coorientador
Cargnelutti, Juliana Felipetto
Primeiro membro da banca
Rossi, Carlos Augusto Rigon
Segundo membro da banca
Almeida, Carlos Alberto Araújo de
Terceiro membro da banca
Driemeier, David
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O objetivo desta tese foi avaliar o impacto das micotoxinas aflatoxina B1 (AFB1) e fumonisina
B1 (FB1), bem como a eficácia de aditivos antimicotoxinas (AAMs) em suínos, através de
uma metodologia ex vivo em comparação com metodologias in vitro e in vivo. O primeiro
estudo avaliou as micotoxinas AFB1 e FB1 e quatro AAM por meio das metodologias in vitro
e ex vivo. Na metodologia ex vivo, foram realizados quatro ensaios de dois tratamentos com
12 repetições cada (24 explantes jejunais usados por ensaio) usando um sistema de Câmaras
de Ussing (UC): dois ensaios para avaliar dois AAM para AFB1 e dois ensaios para avaliar
dois AAM para FB1. Os tratamentos dois ensaios de AFB1 foram: controle [solução tampão
(ST) + 1 mg/l AFB1] e AAM (ST + 1 mg/l AFB1 + 0,5% AAM 1 ou 2). Os tratamentos dos
ensaios de FB1 foram: controle (ST + 50 mg/l FB1) e AAM (ST + 50 mg/l FB1 + 0,5% AAM
3 ou 4). A eficácia dos quatro aditivos também foi testada in vitro. As concentrações de AFB1
nos explantes com os AAMs 1 e 2 foram menores (P < 0,0001) do que no controle. Os AAMs
1 e 2 reduziram a absorção jejunal de AFB1 em 83,4 e 72,9%, respectivamente. Os explantes
com os AAMs 3 e 4 tiveram menor concentração de FB1 (P < 0,0001) quando comparados ao
controle. Os AAMs 3 e 4 reduziram a absorção de FB1 em 31,9% e 17,6%, respectivamente.
No teste in vitro, os AAMs 1 e 2 forneceram 98,4% e 86,3% de adsorção de AFB1,
respectivamente, enquanto os AAMs 3 e 4 forneceram 91,2% e 80,5% de adsorção de FB1,
respectivamente. O segundo estudo foi conduzido para avaliar os efeitos da FB1 no jejuno de
suínos usando a mesma metodologia ex vivo conduzido em paralelo com um ensaio in vivo.
Para o ensaio in vivo, 12 suínos machos de 28 a 70 dias de idade foram submetidos a dois
tratamentos de seis suínos cada: grupo controle, alimentado com uma dieta basal (DB), e o
grupo FB1, alimentado com DB + 50 mg/kg de FB1. Outros quatro suínos machos do grupo
controle do ensaio in vivo foram abatidos para a metodologia ex vivo. Assim, na metologia ex
vivo, 16 explantes intestinais (4 de cada suínos) foram submetidos a dois tratamentos, com 8
explantes cada, utilizando um sistema de UC: o grupo controle, submetido à solução tampão
(ST), e o grupo FB1, submetido à ST + 50 mg/L de FB1. As amostras dos modelos in vivo e ex
vivo foram analisadas quanto a parâmetros histopatológicos e avaliações intestinais subjetivas.
O grupo FB1 apresentou menor altura das vilosidades do que o grupo controle tanto in vivo
quanto ex vivo (P < 0,05). Uma diminuição (P < 0,05) no número de vilosidades,
profundidade das criptas, altura dos enterócitos e tamanho do núcleo dos enterócitos também
foi observada no grupo FB1 ex vivo, com maior escore de gravidade de dilatação dos vasos
linfáticos do que no controle (P = 0,0459). O grupo FB1 também tendeu a aumentar a
contagem de células caliciformes (P = 0,0736) ex vivo, bem como a diminuir a largura de
cripta (P = 0,0638) in vivo. Portanto, conclui-se que o modelo ex vivo pode ser uma
ferramenta útil na avaliação da eficácia de AAMs para AFB1 e FB1 em suínos. Ainda, o
segundo estudo revelou que o modelo ex vivo apresentou lesões histopatológicas semelhantes
as observadas in vivo, demonstrando seu potencial como uma abordagem alternativa para
avaliar os efeitos das micotoxinas em um número reduzido de animais.
Coleções
Os arquivos de licença a seguir estão associados a este item: