Eficiência na absorção e utilização do fósforo em clones de Eucalyptus spp.
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Data
2025-01-10Primeiro coorientador
Araujo, Maristela Machado
Primeiro membro da banca
Tarouco, Camila Peligrinotti
Segundo membro da banca
Saldanha, Cleber Witt
Terceiro membro da banca
Gasparin, Ezequiel
Quarto membro da banca
Boeni, Madalena
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Clones de eucalipto com maior eficiência de absorção de fósforo (P) são capazes de
crescer em solos com menor disponibilidade de P, devido ao seu rápido crescimento
e produção de biomassa. Essas características favorecem a redução do uso de
fertilizantes fosfatados em viveiros e áreas de cultivo, e paralelamente diminui o custo
dos insumos e a probabilidade de contaminação do solo com P. No entanto, clones
de eucalipto utilizados comercialmente com maior eficiência de absorção de P ainda
são relativamente desconhecidos. Assim, o objetivo deste estudo foi investigar se
características morfológicas, fisiológicas e bioquímicas de plantas de eucalipto
influenciam na eficiência nutricional de P e causam diferenças no crescimento das
plantas. Além disso, buscamos selecionar clones de eucalipto mais eficientes no uso
e absorção de P. Diante disso, a presente pesquisa foi subdividida em dois estudos,
onde foram avaliados a eficiência na absorção e uso de fósforo (P) nos clones E.
saligna, E. urograndis e E. dunnii. No Estudo 1, foram avaliados os parâmetros
cinéticos de absorção de P utilizando sistema hidropônico. No Estudo 2, os clones
utilizados nos estudos hidropônicos foram cultivados em vasos com solo com baixos
teores de P, para verificarmos se os mesmos mantêm as características de eficiência
em P observados no sistema hidropônico. Os experimentos foram conduzidos em
delineamento inteiramente casualizado, com dois níveis de P (alto P e baixo P) e três
clones de Eucalyptus spp. (E. saligna, E. urograndis e E. dunnii), com seis repetições
por tratamento em ambos os estudos. Parâmetros morfológicos da parte aérea e
sistemas radiculares, produção de biomassa, variáveis fotossintéticas, fluorescência
da clorofila a, pigmentos fotossintéticos, atividade de enzimas antioxidantes e
indicadores de estresse oxidativo, bem como concentrações de P em tecidos foram
avaliados em ambos os estudos. Entretanto, apenas no estudo 1 foram avaliados os
parâmetros cinéticos (Vmax, Km, Cmin e I). No estudo 1, os clones E. saligna e E.
urograndis foram mais eficientes na absorção de P, visto que apresentaram os
menores valores de Km e Cmin, maior biomassa e acúmulo de P em tecidos, permitindo
a absorção de P mesmo em baixas concentrações. E. dunnii apresentou o maior Km
e Cmin para P, menor biomassa e acúmulo de P nos tecidos, indicando adaptação a
ambientes com maior disponibilidade de P. No estudo 2, E. urograndis e E. saligna
também apresentaram maior eficiência em P, pois não apresentaram limitações na
taxa fotossintética e na biomassa em baixo P. E. dunnii acumulou menos P em raízes
e o metabolismo foi afetado negativamente em solos com baixo P e, por isso, não
apresenta eficiência no uso de P, requerendo maior disponibilidade de P. Por outro
lado, E. urograndis e E. saligna podem crescer em ambientes com baixos níveis de P.
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