Correlação entre risco psíquico e distúrbio alimentar pediátrico em lactentes saudáveis
Resumo
Introdução: Os primeiros anos de vida são marcados por aquisições essenciais no desenvolvimento motor, cognitivo e social da criança, influenciadas por fatores inatos, nutricionais, estímulos e aspectos culturais e socioeconômicos. Alterações no desenvolvimento de lactentes podem estar relacionadas a distúrbios no neurodesenvolvimento ou sofrimento psíquico. O aprendizado alimentar infantil depende do desenvolvimento adequado, e dificuldades nesse processo são classificadas como Distúrbio Alimentar Pediátrico (DAP). Objetivo: Verificar a correlação entre o risco psíquico e o risco de DAP em lactentes saudáveis de 16 a 24 meses. Metodologia: Estudo observacional, transversal e analítico, com abordagem quantitativa. Participaram lactentes nascidos em um hospital universitário, abordados na sala de espera do ambulatório de pediatria. Os responsáveis responderam à Escala Brasileira de Alimentação Infantil (EBAI) e ao Modified Checklist for Autism in Toddlers (M-CHAT). Resultados: A amostra incluiu 69 lactentes, 65,22% prematuros e 34,78% a termo, com média gestacional de 34,19 semanas. Na alta hospitalar, mais de um terço estavam em aleitamento materno exclusivo (AME). Nos primeiros seis meses, a frequência de aleitamento artificial (AA) foi semelhante à do AME. A introdução alimentar ocorreu, em média, aos 6,07 meses. Verificou-se que 15,94% da amostra apresentou risco para DAP e 20,29% risco psíquico moderado ou grave. Conclusão: Não foi observada correlação entre os escores da EBAI e do M-CHAT.
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