Avaliação do eugenol e de óleos essenciais na redução do estresse em aquicultura
Abstract
O trabalho objetivou avaliar a eficácia anestésica do eugenol e óleos essenciais (OEs) de
Aloysia triphylla e Lippia alba em aquicultura, bem como a eficácia dos mesmos como
redutores de estresse durante o transporte de camarões e peixes e verificar efeito
bloqueador de estímulos nocivos do eugenol. Camarões (sub-adultos e pós larvas),
ambas variedades de jundiá e robalos-peva foram transportados em água contendo óleo
essencial de A. triphylla em diferentes concentrações e avaliada a redução do estresse.
Para eugenol foi traçado modelo experimental de avaliação da atividade analgésica em
peixe-zebra (Danio rerio). As concentrações de eugenol e OE de A. triphylla e L. alba
recomendadas para anestesia em camarões foram, respectivamente de 200, 300,750 μL
L-1 para sub-adultos e para pós-larvas 175, 300 e 500 μL L-1. Para transporte
concentrações entre 20-50; 20-30 e 50 μL L-1 são apropriadas para sub-adultos e para
pós-larvas somente eugenol e OE de A. triphylla 20 e 20-50 μL L-1. Uma melhor
capacidade antioxidante na hemolinfa de camarões foi obtida com 30 μL L-1 OEs de A.
triphylla e L. alba e 20 μL L-1 para eugenol. Juvenis albinos de jundiá induziram e
recuperaram da anestesia em maior tempo que os cinzas e considerou-se 200 μL L-1 a
concentração mais adequada. No transporte, embora o OE de A. triphylla tenha causado
aumento de cortisol corporal em jundiás, houve redução da perda de íons. Em robalospeva
o aumento da concentração do OE de A. triphylla proporcionalmente diminuiu e
aumentou o tempo de indução e recuperação anestésica, respectivamente. A
concentração de 20 μL L-1 reduziu os níveis de glicose sanguínea após 24h e de cortisol e
lactato após 6h. O eugenol por si só não apresentou atividade analgésica, porém quando
injetado ácido acético na porção anterior de zebrafish a resposta ao efeito nocivo foi
bloqueada.