Marcadores de estresse oxidativo no testículo, córtex e hipocampo e alterações comportamentais de ratos submetidos a diferentes protocolos de utilização de anabolizantes
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Data
2016-03-04Primeiro membro da banca
Schetinger, Maria Rosa Chitolina
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Na presente tese verificamos os efeitos de diferentes protocolos de adiministração de esteróides androgênicos anabolizantes (EAA) utilizando duas diferentes moléculas frequentemente eleitas pelos usuários, a Boldenona (BOL) e o Estanazolol (ES). Dentre os protocolos utilizados, o protocolo I, representa os usuários que desejam acelerar os efeitos anabólicos usando doses superiores às recomendadas, em um intervalo de tempo mais curto, o protocolo II representa grupos de usuários de esteróides anabolizantes, que elegem uma dose moderada e tempo intermediário e protocolo III, que representa usuários que reduzem a dose e prolongam o tempo de exposição com o objetivo de diminuir os efeitos androgênicos.Nossos dados sugerem fortemente que o tratamento com BOL e ES afetam o comportamento de ansiedade, dominância e agressividade em ratos de forma dependente da dose e do tempo de exposição. Além disso, destaca-se que a perda da memória induzida pela BOL correlaciona-se com o aumento da atividade da acetilcolinesterase (AChE) no córtex cerebral e no hipocampo, e que essa disfunção do sistema colinérgico poderia estar envolvido no mecanismo dessa alteração, somado ainda ao dano associado ao estresse oxidativo também descrito em nossos resultados. Ao mesmo tempo, avaliou-se o impacto desses tratamentos sobre a morfologia e os parâmetros de estresse oxidativo dos testiculos de ratos. Foi evidenciado a elevação dos marcadores de estresse oxidativo e nitrosativo assim como alterações significativas na morfologia normal do testiculo, que provavelmente está associado a presença dessas espécies reativas. Ainda que não tenhamos aprofundados os mecanismos pelos quais os EAA interferem com a fisiologia testicular e as alterações comportamentais, está claro que há um envolvimento das espécies reativas de oxigênio (ERO) e espécies reativas de nitrogênio (ERN) no desenvolvimento das mesmas. Nossos dados levantam a preocupação de que os EAA, mesmo em pequenas doses, possam provocar consequências neuropatológicas levando a alterações comportamentais distintas de acordo com o protocolo utilizado. Da mesma forma, no testiculo, não houve protocolo seguro que descartasse a possibilidade de alterações reprodutivas que poderiam a longo prazo levar a esterilidade.