Empreendedorismo social e economia criativa: uma aplicação em projetos de orquestras infantojuvenis
Resumo
A sociedade em que vivemos enfrenta diversas situações contraditórias. Ao mesmo tempo em que a tecnologia e a inovação desenvolvem a cada dia novos produtos que promovem avanços expressivos na melhoria das condições de existência humana no Planeta, cresce assustadoramente o vácuo entre a sua disponibilidade e as possibilidades de acesso à maior parte dos seres humanos que nele habitam. Nesse contexto surge o movimento de inclusão social por meio da música clássica proporcionado pelos Projetos de orquestras infantojuvenis. O problema de pesquisa que norteou esta investigação é: Quais as características organizacionais e a forma de gestão das orquestras infantojuvenis que promovem a sua sustentabilidade? Seu objetivo geral é: Analisar as características organizacionais e a forma de gestão dos Projetos de Orquestras Infantojuvenis que promovem a sua sustentabilidade, à luz do empreendedorismo social e da economia criativa. O referencial concentra-se na economia criativa e no empreendedorismo social. O objeto de investigação foram os Projetos de orquestra infantojuvenil e realizou-se uma pesquisa exploratória com abordagem qualitativa. Os projetos pesquisados foram: Instituto Baccarelli (São Paulo); Programa NEOJIBA (Bahia); Orquestra Jovem do Rio Grande do Sul (Porto Alegre); Orquestra Villa Lobos (Porto Alegre); Programa Orchestrarium (Santa Maria). A pesquisa foi estruturada em três etapas (i) documental; (ii) observação; e (iii) entrevistas. A análise dos dados foi realizada por meio de análise textual, análise de protocolos e registro, análise de conteúdo e triangulação de dados. A principal evidência em relação aos projetos é a sua missão central de transformação social no contexto da comunidade em que estão inseridos.