Componentes de rendimento da cultura da soja em função da aplicação de nitrogênio no florescimento
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Data
2013-07-26Segundo membro da banca
Fiorin, Jackson Ernani
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O Brasil vem se consolidando como um dos principais produtores mundiais de alimentos, sendo a soja, Glycine max (L.) Merrill, a principal cultura de grãos cultivada no país, e uma das grandes responsáveis pelo desempenho econômico do agronegócio brasileiro. Seu cultivo se tornou viável, em boa parte, devido à capacidade da espécie de fixar o nitrogênio atmosférico para a sua nutrição, em associação com bactérias fixadoras de nitrogênio. O incremento contínuo da produtividade da soja, observado ao longo das duas últimas décadas, é o reflexo do aprimoramento do sistema de produção de soja no Brasil, devido a avanços de ordem genética, do controle de pragas e doenças e, sobretudo, ao uso eficiente de fertilizantes. O nitrogênio é o nutriente requerido em maior quantidade pela cultura da soja, pois os grãos são muito ricos em proteínas, apresentando um teor médio de 6,5% N. Atualmente muitos trabalhos têm sido desenvolvidos com relação ao suprimento de nitrogênio, observando que a fixação biológica isoladamente pode não estar aportando a quantidade necessária para que a planta expresse o seu potencial produtivo. Este trabalho tem como objetivo avaliar o efeito de doses de nitrogênio aplicadas no florescimento da soja, e seus efeitos na altura das plantas, nos componentes do rendimento (número de legumes por planta, número de grãos por legume e peso de mil grãos) e na produtividade da cultura. O experimento foi conduzido na Fazenda Escada, localizada no município de Irineópolis SC, na safra 2012/2013, com a cultivar SYN 1163, sob sistema de plantio direto. O delineamento experimental foi de blocos ao acaso com 5 tratamentos e 5 repetições, totalizando 25 parcelas de avaliação. Quando a cultura da soja encontrava-se em pleno florescimento foi aplicado nitrogênio, tendo como fonte a uréia conforme os tratamentos a seguir: 1) controle - sem adubação nitrogenada; 2) 22,5 kg ha-1 de N; 3) 45,0 kg ha-1 de N; 4) 67,5 kg ha-1 de N; 5) 90,0 kg ha-1 de N. Foi realizada análise de variância pelo teste F e, quando significativo, os dados foram submetidos à comparação de médias pelo teste de Duncan, ao nível de 5% de significância e regressão polinomial. Houve diferença significativa entre os tratamentos somente para a variável altura de plantas, sendo que a maior média (122,68cm) foi obtida com a dose de 45 kg ha-1 de N. Para os componentes de produtividade da cultura (número de legumes por planta, número de grãos por legume e peso de mil sementes) não houve diferença significativa entre os tratamentos. Contudo foi observado aumento em todos os tratamentos com adubação nitrogenada para o número de legumes por planta em relação ao controle. Já no componente peso de 1000 sementes verificou-se aumento crescente no peso com as doses de 22,5, 45,0 e 67,5 kg ha-1 de N. Quanto à produtividade da soja, não houve diferença entre os tratamentos.